Publicidade

Time de futebol na bolsa de valores? Veja o que Presidente da B3 diz a respeito

Presidente da Bolsa de Valores (B3) falou sobre o processo de abertura de capital dos clubes de futebol
Divulgação/Corinthians/Evander Portilho
Presidente da Bolsa de Valores (B3) falou sobre o processo de abertura de capital dos clubes de futebol
Divulgação/Corinthians/Evander Portilho

De uns tempos pra cá, o futebol deixou de ser assunto somente dentro das quatro linhas. Com o avanço das SAFs (Sociedade Anônima do Futebol), a principal paixão nacional do Brasil se tornou uma perspectiva de negócios. Embora a implementação de clubes-empresas derive do fato de muitos clubes estarem com dificuldades financeiras e operacionais, o modelo associativo não é mais unanimidade. Porém, a discussão tem evoluído a ponto de se cogitar clubes com ações na bolsa de valores.

Clubes de futebol na bolsa de valores?

Nessa quinta-feira (26/9), Gilson Finkelsztain, presidente da B3 (bolsa de valores do Brasil), falou sobre a possibilidade de os clubes brasileiros darem entrada em um processo de IPO (Initial Public Offering, que em tradução livre é Oferta Pública Inicial). Isso significa que os times de futebol não apenas se tornariam uma empresa, mas passaria a ser de capital aberto. Em vez de possuir um dono, várias pessoas poderiam comprar papéis do clube, além de serem acionistas do time de coração.

“O mercado de capitais vai ser uma peça importante de ajuda ao mundo do futebol para levar profissionalismo, governança”, disse o executivo em seminário sobre futebol, SAFs e mercado de capitais que aconteceu na sede da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na cidade do Rio de Janeiro. “Temos de discutir futuros potenciais IPOs, mas o mercado de capitais não é só equity. Tem muito para aproximar do mercado de capitais em dívida, emissões de renda fixa, nota comerciais ou debêntures”, acrescentou Gilson sobre os vantagens e desafios na bolsa de valores.

Clubes listados na B3?

Do ponto de vista legal, não existem maiores óbices para que um clube de futebol esteja na bolsa de valores. Tanto que Rodrigo Monteiro de Castro, presidente do Instituto Brasileiro de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade Anônima do Futebol (Ibesaf), idealizador do evento, disse que o primeiro primeiro IPO para listar um clube brasileiro na bolsa de valores pode ocorrer já no ano que vem.

Já Lucineia Possar, diretora jurídica do banco do Brasil ressaltou que clubes que operam via SAF trazem governança ao futebol. Inclsuvie, ressaltou operações como debêntures-fut, mecanismo de captação que já autorizado pela CVM em 2023.