Nesta quarta-feira (02/10), a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) sugeriu uma mediada especial para avaliar o impacto real e preciso das bets, nome pelo qual ficaram conhecidas as casas de apostas aqui no Brasil. De acordo com a entidade, faz-se necessário uma força-tarefa para dimensionar o efeito das bets sobre a renda das famílias.
Febraban sugere equipe multidisciplinar
A Febraban tornou pública sua ideia ao destacar que seria necessário o envolvimento de diversas setores da sociedade brasileira para compreender melhor o problema. Portanto, governo, setor produtivo e instituições financeiras devem integrar o grupo de trabalho, defende a entidade que atua na defesa dos bancos.
“Estamos cogitando propor ao governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multissetorial para aprofundar os impactos da atividade das bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Essa força-tarefa poderia, para além do Ministério da Fazenda, contemplar outros órgãos governamentais que cuidam da defesa do consumidor, da prevenção à lavagem de dinheiro e de benefícios sociais, como Bolsa Família”, revelou Isaac Sidney, presidente da Febraban.
No entanto, apesar dos planos, Sidney, que se reuniu nesta quarta com Fernando Haddad, disse que ainda não decidiu nada no encontro realizado. Segundo ele, caberá ao governo decidir qual política pública implementar para enfrentar o problema.
“A reunião hoje não foi para tomada de decisões. Nossa preocupação é com as medidas de prevenção para o superendividamento, com a saúde financeira e com o bem-estar das famílias”, contou o presidente da Febraban ao deixar a reunião.
Abecs decide proibir cartão de crédito em apostas
A Febraban ainda está em fase de propor ideias, mas a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços) já tomou uma medida. A entidade se antecipou ao governo e decidiu por proibir o uso de cartões em apostas esportivas. O governo proibiria apenas na virada do ano.
