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Azul fecha acordo de R$ 3 bilhões com credores para conversão de dívidas

A Azul anunciou a conversão de R$ 3 bilhões em dívidas por ações preferenciais, em acordo que visa melhorar sua estrutura de capital e liquidez.
Azul Linhas Aéreas - Azul e Gol
(Imagem: divulgação/Azul Linhas Aéreas)

Na última segunda-feira (7), a Azul trouxe uma notícia promissora para os acionistas. A companhia aérea fechou acordos comerciais com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), que controlam 92% dos instrumentos de patrimônio emitidos em 2023. O objetivo desse acordo é trocar parte das obrigações da Azul por ações preferenciais, reforçando sua estrutura de capital.

O acordo da Azul: entenda sobre a conversão de obrigações por ações preferenciais

O acordo contempla dois pontos principais: (i) a conversão de aproximadamente R$ 3 bilhões em obrigações em até 100 milhões de ações preferenciais e (ii) a finalização do processo, que ainda depende de condições e aprovações. Na prática, os credores aceitaram reduzir suas obrigações em troca das ações, o que representa um valor para a companhia. Com o preço das ações da Azul (AZUL4) cotadas a R$ 5,75 no fechamento de segunda-feira, a emissão dos 100 milhões de ações equivale a R$ 575 milhões.

Impactos no plano de reestruturação da Azul

Esse novo acordo é parte de um plano mais abrangente para melhorar a geração de caixa da Azul e fortalecer sua estrutura de capital. No entanto, há exigências a serem cumpridas, como a captação de novos financiamentos e a conclusão de acordos definitivos com os credores. Além disso, a companhia ainda negocia com os 8% restantes dos arrendadores e outras partes envolvidas no processo.

De acordo com a análise da XP, o acordo é considerado positivo, pois implica em uma diluição menor para os acionistas, algo em torno de 21%, abaixo dos 55% que seriam esperados com a conversão completa das obrigações ao valor atual das ações. Além disso, esse acordo pode abrir novas oportunidades de financiamento, melhorando a liquidez da companhia no curto prazo.

O futuro da Azul

Em maio de 2023, a Azul firmou um acordo semelhante, convertendo US$ 570 milhões em passivos de leasing em ações a R$ 36,00 por ação, com as conversões programadas até o final de 2027. Desta vez, a empresa reduziu o preço de conversão para R$ 30,00, o que gerou uma diluição de aproximadamente 22,3%, conforme informações do Bradesco BBI. O banco acredita que esse novo acordo pode facilitar futuras negociações com outros credores e ajudar na captação de capital adicional para a empresa.

O JPMorgan afirmou que o mercado já esperava o anúncio, prevendo uma diluição entre 20% e 25%. Contudo, o banco destaca que o acordo oferece um alívio temporário para a Azul, afastando o risco de um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11). O JPMorgan mantém sua recomendação neutra em relação às ações da Azul.

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