Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Galípolo sobre bets: “não é papel do Banco Central”

Galípolo, próximo presidente do Banco Central, afirmou que não cabe à instituição regulamentar as bets
Galipolo, proximo presidente do Banco Central, afirmou que não cabe à instituição regulamentar as bets
Brasília (DF) 08/10/2024 Reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para sabatinar o economista Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para a presidência do Banco Central (BC). Foto Lula Marques/ Agência Brasil

Nesta terça-feira (08/10), O economista Gabriel Galípolo foi aprovado pelo Senado Federal para assumir a presidência do Banco Central, ao receber 66 votos favoráveis e apenas 5 contrários. A votação foi secreta, mas mostrou que o atual diretor de Política Monetária do Banco Central registrou o menor número de votos contrários para o cargo em 22 anos,.

Galípolo será o sucessor de Roberto Campos Neto, que deixará o mandando em dezembro de 2024. A indicação para o cargo com mandato fixo de 4 foi uma escolha do presidente Lula.

Galípolo sobre as bets

Galípolo contou com aprovação quase unânime no plenário do Senado. Porém, antes foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Lá, ele obteve 26 votos a favor e nenhum contra. No entanto, precisou responder a uma série de perguntas dos senadores membros da referida comissão.

Ao responder sobre regulamentação das bets, o futuro presidente do Banco Central foi franco na resposta. Segundo Galípolo, não cabe à instituição atuar sobre o mercado de cota fixa de apostas. “O Banco Central não versa ou não tem qualquer tipo de atribuição sobre a regulação de bets. Não é o papel do Banco Central”, enfatizou.

Estudo do Banco Central sobre as bets

Em setembro, um estudo do Banco Central revelou que mais de R$ 20 bilhões foram depositados em sites de apostas no mês de agosto. No relatório, que estimou o perfil dos apostadores, constatou-se que boa parte dos valores vinham de usuários do Bolsa Família. Em razão disso, ascendeu a chama do debate sobre o tema.

No entanto, Galípolo fez questão de deixar claro que o Banco Central apenas contribuiu para o tema, mas que não cabe ao BC regulamentar a atividade. “A nossa função é tentar entender o impacto disso em consumo, em endividamento das famílias. Como a gente consegue explicar a relação entre a atividade econômica, as despesas e o impacto para a inflação”, explicou o atual diretor, mas futuro presidente da autarquia.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas