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Inflação sobe 0,44% em setembro, impactada por energia elétrica

O IPCA de setembro subiu 0,44%, influenciado pela energia elétrica, que aumentou 5,36%, refletindo a seca e a nova bandeira tarifária.
Imagem de uma conta de energia - Inflação do Brasil - conta de energia
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,44% em setembro. Os dados, divulgados na quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacam o impacto do aumento de 1,80% no grupo de Habitação, especialmente pela alta energia elétrica residencial.

Inflação do Brasil em setembro: impacto da energia elétrica e seca

O aumento dos preços em setembro está diretamente ligado à alta de 5,36% na energia elétrica residencial. A mudança na bandeira tarifária, que passou de verde para vermelho patamar 1 devido à seca severa no Brasil, foi o principal responsável. Isso resultou em um acréscimo de R$ 4,46 para cada 100 kWh consumidos pelas famílias, elevando a inflação do mês. O grupo de Habitação, por sua vez, contribuiu com 0,27 ponto percentual para o IPCA de setembro, refletindo a inflação do Brasil.

Desempenho dos grupos no IPCA de setembro

O IPCA de setembro variou entre os diferentes grupos de produtos e serviços analisados. Além da Habitação, que registrou alta de 1,80%, outros grupos também tiveram destaque:

  • Alimentação e bebidas: 0,50%;
  • Artigos de residência: -0,19%;
  • Vestuário: 0,18%;
  • Transportes: 0,14%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,46%;
  • Despesas pessoais: -0,31%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,05%.

Alimentação contribuiu para a alta da inflação no Brasil

O grupo Alimentação e Bebidas apresentou um aumento de 0,50% em setembro, com impacto de 0,11 ponto percentual no índice. Esse movimento foi influenciado pela alta de 0,56% na alimentação no domicílio e de 0,34% na alimentação fora de casa. Entre os alimentos com maiores variações, destacam-se o mamão (10,34%), a laranja-pera (10,02%), o café moído (4,02%) e o contrafilé (3,79%). A inflação do Brasil reflete-se nesses aumentos de preços.

Comparativo com agosto e acumulado de 2024

Comparando com agosto, a inflação do Brasil em setembro mostrou um aumento de 0,46 ponto percentual, já que, no mês anterior, o índice havia registrado uma deflação de 0,02% — a única do ano até agora. Como resultado, a inflação brasileira acumulou uma alta de 4,42% nos últimos 12 meses, acima dos 4,24% de agosto, e de 3,31% no acumulado de 2024, refletindo a situação da inflação do Brasil.

Expectativas do mercado para a inflação de setembro

Embora tenha conseguido uma elevação dos preços em setembro, o IPCA ficou um pouco abaixo das projeções do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,46%. A diferença reforça a cautela do mercado em relação aos efeitos da seca e das tarifas de energia nos índices de inflação no Brasil.

Habitação: protagonista da alta na inflação

O grupo de Habitação teve maior influência na inflação de setembro no Brasil, com uma alta de 1,80%, refletindo diretamente no resultado final do IPCA. Esse movimento é atribuído ao aumento de 5,36% nos preços da energia elétrica, decorrente da alteração na bandeira tarifária. O gás de botijão também subiu 2,40%, enquanto os táxons de água e esgoto e o gás encanado tiveram variações menores, de 0,08% e 0,02%, respectivamente. Esses fatores ressaltam a importância de monitorar a inflação do Brasil.

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