O mercado em São Paulo e no Rio de Janeiro apresentou resultados relevantes no segundo trimestre de 2024. Esses dados são cruciais para investidores e profissionais do setor imobiliário, que monitoram as tendências de ocupação de escritórios nas duas maiores cidades do Brasil. O aluguel corporativo em alta evidencia essa tendência positiva.
São Paulo: Absorção positiva e queda na vacância no Aluguel Corporativo
Em São Paulo, o mercado de aluguel corporativo registrou uma absorção líquida de 65,8 mil m² no segundo trimestre de 2024. Isso, junto com um número baixo de devoluções, resultou em uma queda na taxa de vacância, que fechou o semestre em 22,1%. Essa taxa é 3,5 pontos percentuais menor do que no mesmo período de 2023, conforme o relatório “First Look” da JLL.
As regiões da Berrini e Chucri Zaidan foram responsáveis por 37% da absorção líquida do período, reforçando-se como as áreas mais procuradas pelos inquilinos. Yara Matsuyama, diretora de Locações da JLL, destaca que a ocupação de escritórios em São Paulo está se espalhando mais amplamente.
“Agora vemos uma distribuição mais equilibrada na cidade, diferentemente de outros períodos, quando a demanda se concentrava em poucas regiões”, explicou Yara.
Além disso, houve pouca entrega de novos escritórios no segundo trimestre: apenas 20 mil m², nas regiões de Rebouças e Jardins. A expectativa é que o estoque de escritórios de alto padrão cresça 9% até 2026, aumentando as opções no mercado.
Rio de Janeiro: Forte desempenho e queda na vacância
No Rio de Janeiro, o mercado de aluguel corporativo apresentou seu melhor resultado em cinco anos, com dados da Newmark e da JLL confirmando essa tendência.
De acordo com a Newmark, entre julho e setembro de 2024, a absorção bruta foi de 73 mil m², enquanto a absorção líquida, ou seja, o saldo entre locações e devoluções, somou 48 mil m². No acumulado de janeiro a setembro, a absorção líquida atingiu 75 mil m², superando todo o ano de 2023 e marcando o melhor desempenho desde 2019.
Segundo a Newmark, o mercado de aluguel corporativo no Rio de Janeiro teve um desempenho positivo em todas as regiões. A taxa de vacância caiu para 29,4%, o menor nível desde 2016, indicando um mercado mais aquecido.
Aumento nos preços de aluguel corporativo em São Paulo e Rio de Janeiro
Em São Paulo, o preço médio de aluguel de escritórios subiu 4,5% nos últimos 12 meses, alcançando quase R$ 100 por metro quadrado. Esse aumento foi impulsionado pela chegada de novos edifícios de alto padrão ao mercado e por reajustes nos aluguéis existentes.
No Rio de Janeiro, o cenário também foi de alta, com o preço médio de aluguel corporativo registrando o primeiro aumento em seis trimestres. As regiões da Barra da Tijuca e Zona Sul foram as principais responsáveis por essa alta, com aumentos de 1,0% e 7,4%, respectivamente. A Zona Sul, por ter um estoque reduzido de escritórios, é particularmente afetada por qualquer variação na oferta, o que impulsiona os preços.
Perspectivas para o resto de 2024
Para o restante de 2024, espera-se que tanto São Paulo quanto o Rio de Janeiro continuem apresentando absorções líquidas positivas. Com poucas novas entregas de escritórios previstas, as taxas de vacância tendem a se manter estáveis ou em queda, enquanto os preços de aluguel corporativo devem seguir em alta, especialmente nas áreas de maior demanda e com oferta limitada.
É melhor comprar o imóvel ou alugar?
Confira o vídeo: