Os consumidores têm até esta quarta-feira (16) para resgatar o “dinheiro esquecido” no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC). Segundo o BC, mais de R$ 8,6 bilhões estão disponíveis para saque, um valor que pode ser requisitado por pessoas físicas e jurídicas, inclusive falecidas.
O prazo de 30 dias para resgate no Banco Central começou a contar em 16 de setembro, após a sanção da Lei nº 14.973/2024 pelo presidente Lula. A lei reonera gradualmente a folha de pagamento em setores específicos e prevê a incorporação dos valores não resgatados ao Tesouro Nacional.
Como consultar o dinheiro esquecido?
Para consultar se há valores disponíveis, os clientes devem acessar o site oficial do Banco Central (https://valoresareceber.bcb.gov.br). O sistema permite a verificação de valores deixados em bancos, consórcios e outras instituições financeiras.
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O resgate dos valores só será possível por meio da inserção de uma chave PIX válida. Caso não tenha uma chave cadastrada, o interessado deverá entrar em contato diretamente com a instituição financeira para combinar o método de devolução. No caso de falecidos, os herdeiros ou representantes legais devem fornecer documentos comprobatórios e preencher um termo de responsabilidade.
Consequências do não resgate
Se os valores não forem resgatados dentro do prazo estipulado, o governo poderá incorporá-los aos seus cofres. No entanto, os consumidores ainda terão 30 dias para contestar a incorporação dos recursos ao Tesouro Nacional, a contar da data de publicação do edital.
O Ministério da Fazenda afirma que essa medida não configura confisco, já que os clientes podem reivindicar os valores judicialmente por até seis meses após o fim do prazo.
Dicas para evitar golpes
O Banco Central alerta os consumidores sobre possíveis golpes envolvendo o resgate de valores esquecidos. A instituição não envia links por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens, e orienta a não realizar qualquer tipo de pagamento para acessar os valores. Os consumidores devem fazer qualquer solicitação diretamente pelo site oficial do BC.
Além disso, o BC reforça que as instituições financeiras jamais solicitam senhas ou dados pessoais para resgate dos valores. Caso receba alguma comunicação suspeita, o consumidor deve ignorar e buscar informações diretamente no site do Banco Central.