Pela terceira vez em menos de um mês, a greve dos servidores do Tesouro Nacional suspendeu a negociação de títulos públicos. Nesta terça-feira, as pessoas físicas não poderão adquirir papéis pelo programa Tesouro Direto.
Interrupções recorrentes causam impacto no mercado
A paralisação afeta todo o sistema financeiro, impedindo tanto a venda de títulos por bancos quanto por instituições financeiras. Suspensões semelhantes já ocorreram em 24 de setembro e 1º de outubro. Agora, até mesmo operações agendadas para hoje foram canceladas, obrigando os investidores a reagendar negociações para uma data posterior, assim que os serviços forem normalizados.
Apesar da interrupção nas vendas, o Tesouro informou que resgates antecipados e agendamentos para outras datas seguem disponíveis. Em nota, a instituição esclareceu: “Os investidores poderão resgatar seus investimentos normalmente no programa [Tesouro Direto], caso desejem”. Assim, quem precisa acessar seus recursos ou planejar aplicações futuras não enfrentará impedimentos.
Pressões e impacto da greve no Tesouro Nacional
A greve, iniciada em agosto, tem como objetivo pressionar o governo a incluir reajustes salariais na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e no Orçamento de 2025, que estão em análise no Congresso Nacional. A paralisação tem causado atrasos em atividades rotineiras do Tesouro Nacional, afetando principalmente a divulgação de relatórios e entrevistas.
No final de agosto, por exemplo, o Tesouro Nacional adiou a divulgação do Relatório Mensal da Dívida Pública e do Resultado do Tesouro, realizando-a apenas no início de setembro. Até o momento, não há confirmação de novos adiamentos nas divulgações programadas para esta semana.
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Fique atento às atualizações
Com a greve ainda em curso, é fundamental que investidores e interessados acompanhem os comunicados do Tesouro Nacional para ajustar seus planejamentos e evitar imprevistos em suas operações.