Para quem deseja financiar um imóvel por meio da Caixa Econômica, a missão se tornará mais difícil a partir do dia 1° de novembro de 2024. Isso porque os tomadores de empréstimos junto ao banco público terão mais restrições no financiamento de imóveis.
Qual a mudança no financiamento de imóveis da Caixa?
Aqueles que buscarem uma financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal precisarão pagar uma entrada maior. Portanto, financiar uma porcentagem menor do valor do imóvel. O banco endureceu as condições para a concessão de crédito imobiliário pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da poupança para financiar imóveis.
Todavia, no caso de financiamentos de imóveis pelo sistema de amortização constante (SAC), em que as prestações diminuem ao longo do tempo, a entrada exigida passará de 20% para 30% do valor do imóvel. Já para o sistema Price, com parcelas fixas, a entrada subirá de 30% para 50%. Além disso, a Caixa só concederá crédito a quem não possuir outro financiamento habitacional ativo no banco.
Caixa explica restrições para financiamento de imóveis
A Caixa Econômica Federal limitará o valor máximo de avaliação dos imóveis financiados pelo SBPE a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades, alinhando-se ao teto já existente no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Essas mudanças não afetarão empreendimentos financiados diretamente pelo banco, onde as condições atuais continuarão.
A Caixa, que detém 70% do mercado de financiamento de imóveis e quase metade das contratações pelo SBPE, justificou as restrições devido à previsão de superação do orçamento de crédito habitacional para 2024, após conceder R$ 175 bilhões em financiamentos até setembro. O banco afirmou estar em discussões para encontrar soluções que permitam expandir o crédito imobiliário no país.
Maiores volume de saque na poupança
A Caixa Econômica Federal restringiu o crédito habitacional para financiamento de imóveis devido ao aumento nos saques da poupança. Mas também às limitações nas Letras de Crédito Imobiliário (LCI), medidas que, sem controle, exigiriam elevação dos juros. Em setembro, a poupança registrou saques líquidos de R$ 7,1 bilhões, o maior volume do ano e o terceiro mês consecutivo de retiradas.
A demanda por crédito da Caixa também subiu, impulsionada pelas taxas mais altas em bancos privados. Ainda não se sabe se essas restrições serão revertidas em 2025 ou se algumas delas se tornarão permanentes.