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Domo de Ferro falha ao interceptar drones em ataque do Hezbollah

Domo de Ferro tem dificuldades em interceptar drones, evidenciando limites da defesa aérea de Israel em ataques do Hezbollah.
Domo de Ferro falha ao interceptar drones em ataque do Hezbollah
(Imagem: ALAA MAREY/AFP via Getty)

Os recentes ataques do Hezbollah, realizados com drones contra uma base militar israelense, reacenderam debates sobre a eficácia do Domo de Ferro, sistema de defesa aérea de Israel. No último dia 13, dois drones atingiram uma base próxima a Binyamina, resultando em quatro mortes e dezenas de feridos.

O Domo de Ferro enfrenta desafios na detecção e neutralização de drones. Embora o sistema consiga atingir cerca de 90% de seus alvos, a situação é diferente quando se trata desses veículos aéreos. A versatilidade e o tamanho dos drones tornam o processo de interceptação muito mais complicado.

O ataque do Hezbollah e o uso de drones

No ataque mais recente em Binyamina, o Hezbollah lançou dois drones do espaço aéreo libanês. Um foi interceptado, mas o outro ultrapassou o Domo de Ferro e atingiu a cantina da base. A pesquisadora Sarit Zehani, do Alma Research Institute, observa que o sucesso desses ataques não foi mero acaso. Segundo ela, foi uma operação bem planejada, resultado de tentativas repetidas ao longo do tempo.

Esses drones, em sua maioria fabricados e fornecidos pelo Irã, têm se tornado uma arma em ataques a Israel. Além disso, entre julho e outubro deste ano, outros drones atingiram alvos como Tel Aviv e as Colinas de Golã, resultando em 11 mortes em diferentes regiões do país. Por outro lado, Zehani destaca que foguetes simultâneos sobrecarregaram o sistema de defesa aérea durante o ataque em Binyamina, o que, consequentemente, facilitou a evasão dos drones.

As limitações do Domo de Ferro

Desenvolveram o Domo de Ferro para interceptar foguetes, que seguem trajetórias previsíveis. No entanto, interceptar drones é uma tarefa mais complexa. Esses veículos aéreos voam em baixas altitudes, o que dificulta sua detecção. Além disso, sua velocidade é muito inferior à de aeronaves convencionais, o que torna sua identificação mais difícil.

Yehoshua Kalisky, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos em Segurança de Tel Aviv, afirma que a maior parte desses drones são de fabricação iraniana, fornecidos a grupos armados no Líbano e no Iêmen. Ele explica que uma das dificuldades em interceptar drones é sua semelhança com pássaros em voo, além de sua capacidade de voar abaixo do radar.

Soluções em desenvolvimento

Apesar desses desafios, Israel está desenvolvendo novas tecnologias para lidar com essa ameaça. Israel utiliza outros sistemas de defesa além do Domo de Ferro, como o Estilingue de Adão e os mísseis Arrow 2 e Arrow 3, que combatem mísseis balísticos. Nos próximos meses, Israel também deve integrar o sistema Thaad, fornecido pelos Estados Unidos, para complementar sua defesa.

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