O PIB da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre de 2024, de acordo com os dados divulgados pelo governo chinês. Este resultado superou as expectativas dos analistas, que previam um crescimento de 4,5%, conforme a agência de notícias Reuters. A crise no setor imobiliário e o consumo fraco continuam a pressionar a economia chinesa, o que levou o governo a intensificar medidas de estímulo nos últimos meses para garantir o crescimento anual de cerca de 5%.
Medidas de estímulo e crise no setor imobiliário
Para enfrentar os desafios econômicos, a China tem aumentado seus esforços de estímulo desde o final de setembro, com o objetivo de revitalizar a economia. Entre essas medidas, destacam-se os cortes nas taxas de juros e uma injeção de liquidez no mercado, totalizando 1 trilhão de yuan.
No entanto, apesar dessas ações, a crise no setor imobiliário continua a pesar sobre o desempenho da segunda maior economia do mundo. A falta de confiança no setor imobiliário e o fraco consumo interno continuam sendo os principais obstáculos que afetam o crescimento.
Crescimento trimestral e perspectiva do PIB da China para 2024
No comparativo trimestral, o PIB da China cresceu 0,9% entre julho e setembro, abaixo da previsão de 1,0%, mas superior ao crescimento de 0,5% registrado no trimestre anterior.
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Outros indicadores também sinalizaram uma recuperação. A produção industrial e as vendas no varejo superaram as previsões para setembro, trazendo um pouco de alívio para o governo chinês. Porém, a crise no setor imobiliário e os altos níveis de endividamento dos governos locais mantêm a economia sob pressão.
Segundo uma pesquisa da Reuters, espera-se que o PIB da China cresça 4,8% em 2024, abaixo da meta estabelecida pelo governo de 5%. Para 2025, as expectativas de crescimento são ainda mais baixas, com projeção de 4,5%.
Estímulo fiscal em planejamento
Além das medidas monetárias já anunciadas, o governo chinês também estuda um pacote de estímulo fiscal. Estima-se que a China possa arrecadar 6 trilhões de yuan (aproximadamente 842,6 bilhões de dólares) por meio da emissão de bônus especiais do tesouro ao longo de três anos. Esses fundos seriam direcionados para fortalecer a economia por meio de investimentos em infraestrutura e estímulos ao consumo.
Na última semana, o ministro das Finanças da China reiterou o compromisso em aumentar o endividamento para reativar o crescimento econômico. No entanto, ainda não foram divulgados detalhes concretos sobre o valor total desse pacote de estímulo, deixando os mercados em expectativa.
