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Preços inflacionados de imóveis no Brasil prejudicam negócios imobiliários

Nos últimos meses, os preços de imóveis no Brasil geraram insegurança entre compradores e inquilinos, fazendo com que muitos adiaram decisões. Uma pesquisa mostra que 65% dos consumidores evitam negócios por medo de pagar demais, enquanto 56% dos proprietários pedem preços acima do mercado. Com 77% dos entrevistados esperando descontos, o mercado imobiliário está em constante mudança.
(Foto:Towfiqu barbhuiya/Pexels)

Nos últimos meses, muitos consumidores têm adiado a compra ou aluguel de imóveis devido ao rápido aumento dos preços, muitas vezes sem uma justificativa clara. Esse cenário tem afetado negativamente o mercado imobiliário. Os preços inflacionados dos imóveis no Brasil se tornaram um grande obstáculo para quem busca realizar transações, seja para comprar ou alugar. A falta de critérios objetivos, como avaliações imobiliárias adequadas, que estabeleçam o valor justo, faz com que muitos desistam por medo de pagar mais do que deveriam.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha, realizada em parceria com o Grupo QuintoAndar, 65% dos entrevistados admitiram evitar negócios por receio de tomar uma decisão errada devido aos preços inflacionados. Essa realidade reflete um problema generalizado no mercado.

Estratégia de preços inflacionados dos imóveis no mercado imobiliário

O levantamento também mostrou que mais da metade dos proprietários (56%) opta por colocar seus imóveis à venda com preços acima do valor de mercado, já considerando a possibilidade de conceder um desconto. Essa tática, chamada de “gordura no preço”, é uma prática comum. No entanto, ela pode afastar compradores e inquilinos em busca de preços mais justos, o que gera ainda mais insegurança na hora de fechar negócios. Além disso, 80% dos brasileiros afirmam ter dificuldades em obter informações precisas sobre o valor real de um imóvel, o que alimenta a desconfiança sobre o preço de mercado e prejudica as negociações, sobretudo para corretores de imóveis.

Desafios para Compradores e Inquilinos

Para 47% dos participantes da pesquisa, a maior dificuldade ao procurar um imóvel é encontrar algo que se ajuste ao orçamento. Esse fator é mais decisivo do que questões como problemas estruturais (34%) ou a adequação às necessidades pessoais (32%). Com os preços em alta e o mercado aquecido, a inflação no mercado imobiliário é outro fator que contribui para o aumento dos valores. Profissionais do setor relatam que o preço do metro quadrado tem sido um fator determinante na tomada de decisão, especialmente em áreas com alta demanda.

Consequências da sobrevalorização no mercado imobiliário

De acordo com Geldo Machado, especialista em finanças e presidente do Sinfac (CE.PI.MA.RN), a alta dos preços inflacionados dos imóveis no Brasil impacta diretamente a o setor imobiliário.

“O aumento das taxas de juros, como a Selic, já torna o financiamento caro, tanto para compradores quanto para construtores. Mas isso não justifica a elevação agressiva dos preços de imóveis usados. Essa prática desacelera o mercado e afasta potenciais compradores”, afirma Machado. A sobrevalorização, segundo ele, contribui para a redução da liquidez, prejudicando o ritmo das transações.

Expectativas de descontos e margens de negociação

Outro dado relevante da pesquisa é que 77% dos entrevistados esperam obter algum tipo de desconto ao negociar o preço de um imóvel. A margem de negociação mais comum gira em torno de 5% a 10%. No entanto, essa estratégia de inflar o preço faz parte da dinâmica de negociação de imóveis, mas também pode resultar na desvalorização a longo prazo, especialmente em regiões com menor procura. Para investidores, acompanhar as tendências do mercado imobiliário é fundamental, já que a valorização dos imóveis está frequentemente atrelada a fatores externos, como variações nas taxas de juros e inflação.

Percepção dos preços elevados cresce entre consumidores

O estudo Raio-X FipeZap, divulgado em agosto, confirma essa percepção. Para 74% dos entrevistados, os preços dos imóveis no segundo trimestre de 2024 estavam “altos ou muito altos”, o que representa um aumento de 14 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa de que os preços continuarão a subir também cresceu, com 46% acreditando em novos aumentos, em comparação com 22% no ano passado. Diante desse cenário, é importante que proprietários e investidores adotem uma abordagem mais transparente e realista, para evitar uma possível bolha imobiliária e manter o mercado saudável.

O Impacto no mercado com os preços inflacionados dos imóveis

A prática de inflacionar os preços dos imóveis no Brasil afeta tanto proprietários quanto compradores. Enquanto os proprietários tentam garantir margens de lucro mais altas, os compradores encontram dificuldades em encontrar imóveis acessíveis. Isso pode levar a uma desaceleração no mercado, com negociações mais lentas e menor liquidez, seja para alugar ou vender um imóvel.

“A criação de parâmetros claros e avaliações imobiliárias confiáveis é essencial para equilibrar o setor e garantir que as transações sejam vantajosas para todas as partes envolvidas, evitando práticas como o sobrepreço de imóveis”, destaca Geldo Machado.

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