O presidente Lula cancelou a ida dele à Rússia em razão do acidente doméstico que sofreu em sua residência no fim de semana. No entanto, o mandatário segue ativo e despachando de Brasília. Prova disso é que teria indicado aos membros de sua equipe que é contra a entrada da Venezuela no Brics. A informação veio a público por meio do G1.
Por que Lula é contra a entrada da Venezuela no Brics?
Lula é contra a entrada da Venezuela no Brics porque o regime de Nicolás Maduro descumpriu acordos internacionais que o próprio líder autocrático havia assinado, nos quais se comprometia a realizar eleições livres e auditáveis, o que não ocorreu. O Brasil, junto a outras nações, atuou como fiador desse pacto. Desde que o presidente Lula se recusou a reconhecer a autoproclamada “vitória” de Maduro, tanto ele quanto o Itamaraty passaram a ser alvo de ataques do ditador venezuelano.
Atualmente, é impossível determinar quantos votos Nicolás Maduro realmente obteve na eleição, onde ele conquistou esses votos, e qual foi o total de apoio que cada candidato, tanto ele quanto González, o candidato da oposição, recebeu. A Suprema Corte da Venezuela impôs sigilo sobre as atas eleitorais, que nunca foram divulgadas, rompendo com uma tradição que existia até mesmo durante o chavismo. O tribunal declarou um resultado e tratou sua decisão como definitiva e inquestionável. Portanto, a crise política inviabiliza a entrada da Venezuela no Brics.
O que é o Brics?
O Brics é um grupo econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, criado para promover cooperação econômica, política e financeira entre seus membros. Fundado em 2001 (com a África do Sul entrando em 2010), o grupo busca aumentar a influência global dos países emergentes e atuar como alternativa aos blocos tradicionais, como o G7.
Uma de suas principais iniciativas é o Novo Banco de Desenvolvimento, criado para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Apesar de suas diferenças, os países do BRICS compartilham o objetivo de reformar as instituições globais e promover uma ordem mundial multipolar.