O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou contratos com o New Development Bank (NDB) ou Banco do Brics, garantindo um investimento substancial de US$ 1,7 bilhão, equivalente a cerca de R$ 8,5 bilhões. Estes recursos serão dedicados a projetos de infraestrutura sustentável e de combate às mudanças climáticas no Brasil.
A cerimônia de assinatura, realizada na sede do BNDES no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, Lula enfatizou a necessidade de crescimento econômico para geração de emprego e consumo, destacando a importância do BNDES no financiamento de projetos sustentáveis.
Do montante total, US$ 1,2 bilhão serão alocados para infraestrutura sustentável, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e US$ 500 milhões para projetos de combate às mudanças climáticas. Todos os projetos apoiados deverão atender às políticas operacionais do BNDES e serão avaliados com base em indicadores ambientais e sociais.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável e a energia limpa. Ele afirmou a importância desses investimentos para o PAC e para a economia do país.
Os recursos para infraestrutura sustentável poderão cobrir projetos em diversas áreas, como energia renovável, transporte, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC), educação e saúde. Estes projetos têm um prazo de 24 anos para utilização, com até 30% dos fundos disponíveis para financiamento de debêntures.
Os projetos focados na redução de emissões de gases de efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas incluirão áreas como mobilidade urbana sustentável, resíduos sólidos, energias renováveis e cidades sustentáveis. O prazo para a utilização destes recursos é de 11 anos e seis meses.
Avanço do Brics
Desde sua fundação em 2014 pelo grupo Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o NDB tem aprovado projetos que ultrapassam US$ 32 bilhões em valor. Com Bangladesh, Egito, Emirados Árabes e Uruguai como membros recentes, a instituição continua a expandir seu alcance e impacto.