A ODATA, empresa referência em infraestrutura de data centers, recentemente anunciou um investimento de R$ 7,4 bilhões (US$ 1,3 bilhão) para construir novos centros de dados na Colômbia. Essa iniciativa é parte de um investimento ainda maior, totalizando R$ 26 bilhões, que a companhia planeja realizar até 2026 em toda a América Latina. O objetivo é atender à demanda de big techs, como Amazon, Microsoft, Google e Oracle, que buscam por soluções de armazenamento e processamento na nuvem.
Investimento estratégico da ODATA em Cundinamarca
Os novos data centers, localizados em Cundinamarca, próximo à cidade de Bogotá, aproveitam as vantagens fiscais da Zona Franca Metropolitana de Tenjo. Ricardo Alário, CEO Latam da ODATA, destaca que a escolha do local não foi por acaso: “A vantagem tributária é tão significativa que nossos clientes, grandes provedores de nuvem, conseguem importar servidores com condições fiscais muito mais atraentes”.
A ODATA alocará esses servidores nos dois novos campi. A unidade DC BG03, por exemplo, será o maior centro de dados da Colômbia, com uma capacidade de 120 MW de potência de TI. Essa medida indica o potencial de alocação de servidores que o data center poderá suportar. Para se ter uma ideia, o maior campus da ODATA no México possui 150 MW, em um país com uma população mais que o dobro da colombiana.
Conectividade e estabilidade energética com a ODATA
Outro diferencial do DC BG03 é que ele será o primeiro data center da Colômbia a ser conectado diretamente ao sistema de transmissão de energia local. Como resultado, esse fato permitirá que os clientes da ODATA desfrutem de maior escalabilidade e estabilidade energética.
Além do DC BG03, a ODATA também está desenvolvendo o DC BG02, que terá uma capacidade menor, de 24 MW. As primeiras fases de construção desses centros de dados têm previsão de conclusão para o segundo semestre de 2026.
Crescimento acelerado de data centers na América Latina
A crescente demanda por data centers na América Latina é impulsionada, principalmente, pela migração de empresas para a nuvem e pelo uso cada vez mais frequente de aplicações de inteligência artificial generativa. De acordo com Alário, até poucos anos atrás, era incomum que clientes solicitassem infraestrutura de 10 MW de TI. Porém, a partir de 2022, os pedidos passaram a ser de 20 MW a 30 MW. “Nos Estados Unidos e na Europa, já existem infraestruturas de 100 MW a 150 MW, e nossos clientes aqui começam a demandar capacidades semelhantes”, explica.
Tecnologia de resfriamento inovadora
Os novos data centers da ODATA contarão com uma tecnologia de resfriamento, desenvolvida pela Aligned Data Center, chamada Delta Cube. Diferentemente dos métodos tradicionais, que empurram o ar frio para fora das salas, a Delta Cube captura o calor diretamente em sua origem, removendo-o com mais eficiência. Esse sistema contribui para uma operação mais sustentável e econômica, o que é essencial para os gigantes provedores de nuvem.











