O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1,14 bilhão para dois novos projetos de geração elétrica fotovoltaica nos estados de São Paulo e Ceará. Essa iniciativa marca um avanço significativo na expansão da capacidade de geração de energia solar no Brasil.
Financiamento e impacto
O aporte financeiro será dividido entre dois grandes complexos solares: um liderado pelo grupo EDP e o outro pelo grupo Powerchina. Juntos, esses projetos adicionarão cerca de 402 megawatts (MW) de potência instalada ao sistema elétrico nacional. Com uma garantia física de geração de 116,5 MW médios, a energia produzida será suficiente para abastecer aproximadamente 524 mil domicílios, conforme estimativas do BNDES.
Desde o início das operações em 2017, o BNDES já concedeu R$ 11,8 bilhões em financiamentos para usinas fotovoltaicas. Somente em 2024, foram aprovados R$ 4,1 bilhões para nove projetos, destacando o compromisso do banco com a energia renovável.
Projetos aprovados
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou o papel do banco como líder mundial no financiamento de energia renovável. “Hoje, o Brasil já é líder em energia limpa no G20, com 89% da nossa matriz elétrica limpa e com 49% da nossa matriz energética limpa”, afirmou Mercadante.
Para o projeto em São Paulo, o BNDES destinou R$ 805 milhões para seis sociedades de propósito específico (SPEs) do grupo EDP. O complexo fotovoltaico Novo Oriente, localizado em Ilha Solteira, no noroeste paulista, terá uma potência instalada de 254,6 MW.
No Ceará, o financiamento de R$ 339 milhões será direcionado a três centrais geradoras fotovoltaicas, controladas pela Sunco Energy Brasil Mauriti 3, 4 e 10, todas sob a administração do grupo Powerchina. Estas centrais serão implantadas em Mauriti, no Sul do Ceará.
Perspectivas
O financiamento do BNDES é parte de uma estratégia mais ampla para fortalecer a matriz energética brasileira e promover a sustentabilidade. A crescente participação de energia solar reflete uma tendência global em direção a fontes de energia mais limpas e eficientes.
Com a ampliação da capacidade instalada, o Brasil reforça seu compromisso com a energia renovável e busca consolidar-se como um líder em energias limpas no cenário internacional.