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Taxa Selic aumenta para 11,25%; confira declaração do Copom

O Banco Central aumentou a Selic em 0,5 p.p., chegando a 11,25%, reforçando seu compromisso com o controle da inflação, mesmo que isso impacte o crescimento econômico.
Logo do Banco Central do Brasil, o qual divulga a nova taxa Selic nesta quarta-feira.
(Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano, reforçando a estratégia para controlar a inflação elevada e manter o crescimento econômico estável. Divulgado na noite desta quarta-feira (06), esse aumento de 0,5 ponto percentual é uma resposta às pressões inflacionárias e ao dinamismo da economia doméstica, demonstrando o compromisso do Banco Central com o equilíbrio econômico de longo prazo.

Cenário externo e desafios para o Brasil

Diante das incertezas globais, especialmente nos Estados Unidos, o Banco Central do Brasil ajusta sua estratégia monetária para conter os impactos desse cenário sobre a economia doméstica. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi destacado que o cenário externo “permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed“, como consta na nota oficial do Copom.

Segundo o Comitê, essa conjuntura requer cautela, já que “os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho.”

Inflação doméstica e a resposta do Banco Central

Internamente, a economia brasileira apresenta dinamismo, impulsionada pelo mercado de trabalho e pela atividade econômica. Segundo a nota do Copom, a inflação cheia e as medidas subjacentes “se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, justificando o aumento da Selic para alinhar a inflação ao redor da meta de longo prazo.

De acordo com o relatório Focus, as projeções de inflação para 2024 e 2025 estão em 4,6% e 4,0%, acima da meta de 3,5%. Esse cenário de inflação persistente levou o Banco Central ao aumento da taxa Selic, uma ação necessária para conter a demanda interna e estabilizar os preços.

Riscos e projeções para a inflação

O Copom destacou riscos significativos para o controle da inflação no médio prazo, afirmando que “há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação”. Entre os riscos de alta, a nota menciona a possibilidade de “uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado,” além de “uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.”

Outra preocupação do Comitê é “uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.” Em contrapartida, o Copom reconhece que uma desaceleração econômica global mais intensa poderia contribuir para reduzir as pressões inflacionárias, caso as políticas monetárias externas tenham impacto maior que o esperado.

Importância da política fiscal e próximos passos

O Copom também ressaltou, em sua nota, a importância de uma política fiscal sólida e comprometida com a sustentabilidade da dívida pública. “A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio,” destacou a nota. Segundo o Copom, medidas fiscais responsáveis ajudarão a ancorar as expectativas de inflação, proporcionando um ambiente econômico mais estável e reduzindo a pressão sobre a política monetária.

O Banco Central indicou que futuros ajustes na Taxa Selic dependerão “da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos,” reforçando seu compromisso com a convergência da inflação para a meta no longo prazo.

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