O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou um contrato de R$ 600 milhões para financiar a exportação de seis aeronaves A-29 Super Tucano, fabricadas pela Embraer, para a Força Aéreas do Paraguai.
A assinatura do contrato ocorreu em 18 de novembro, durante a Cúpula de Líderes do G20. O evento contou com a participação do ministro da Economia do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Além das aeronaves, o acordo inclui um pacote logístico completo, destinado à Força Aérea do Paraguai.
“Essa foi a primeira operação de financiamento a exportações de produtos de Defesa aprovada em mais de 13 anos pelo BNDES, marcando a retomada do Banco no apoio à Base Industrial de Defesa brasileira. É um setor estratégico da Nova Indústria Brasil por ser intensivo em tecnologia e gerador de inovações, com fabricação de produtos de alto valor agregado e geração de empregos de alta qualificação”, explica Mercadante.
Super Tucano: destaque em missões globais
O A-29 Super Tucano, extremamente reconhecido por sua eficiência, já acumula mais de 500.000 horas de voo em 16 Forças Aéreas ao redor do mundo. Projetado para missões de treinamento, reconhecimento e combate, ele desempenhará um papel estratégico no combate ao narcoterrorismo no Paraguai, contribuindo diretamente para a segurança regional.
Além do impacto na segurança, a operação simboliza o renascimento do apoio do BNDES à Base Industrial de Defesa brasileira. De acordo com Aloizio Mercadante, o setor é estratégico para o país por integrar alta tecnologia, inovação e geração de investimentos. A iniciativa também coloca o Brasil em linha com países que possuem indústrias aeronáuticas de ponta, os quais frequentemente utilizam bancos de desenvolvimento e agências de crédito para impulsionar exportações.
Importância econômica e estratégica
Historicamente, o BNDES tem sido essencial para oferecer condições financeiras complementares ao crédito privado. Essa atuação permite que empresas brasileiras, como a Embraer, mantenham competitividade no mercado internacional. A operação reforça a relevância de iniciativas que não sejam de inovação tecnológica e benefícios econômicos para o Brasil.