O dólar encerrou a quinta-feira (21) pós-feriado no Brasil em alta, cotado a R$ 5,8117, em meio à escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia. Este cenário elevou a aversão global ao risco e influenciou as cotações da moeda norte-americana no mercado doméstico.
O dólar à vista registrou alta de 0,76%, atingindo R$ 5,8117, a maior cotação desde 1º de novembro, quando fechou a R$ 5,8699. No acumulado de novembro, a moeda já subiu 0,52%. No mercado futuro, o dólar para dezembro, o mais negociado atualmente no Brasil, fechou cotado a R$ 5,8175, com alta de 0,61%.
Durante o dia, a cotação oscilou entre a mínima de R$ 5,7826 (+0,25%) e a máxima de R$ 5,8342 (+1,15%), refletindo tensões geopolíticas. A escalada do conflito no leste europeu, com acusações mútuas entre Rússia e Ucrânia sobre o uso de mísseis balísticos, ampliou temores globais. Moscou também alertou sobre o risco nuclear gerado por uma nova base de defesa dos EUA na Polônia.
No mercado interno, fatores como a expectativa pela divulgação do pacote fiscal do governo Lula e o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal ficaram em segundo plano. Operadores relataram que os acontecimentos externos guiaram os negócios, minimizando a influência de notícias locais.
O Banco Central atuou no câmbio durante a manhã, vendendo 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem de vencimentos. Mesmo com a intervenção, o impacto foi limitado, dado o peso das incertezas externas.
Dólar no exterior
No exterior, o índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda em relação a seis divisas, subiu 0,37%, alcançando 107,000 pontos às 17h22. O feriado da quarta-feira, Dia da Consciência Negra, deixou o mercado doméstico fechado, o que aumentou o foco nos eventos internacionais.