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Ibovespa tem maior queda desde janeiro de 2023

O Ibovespa tem maior queda do ano em pregão assustador. Dólar avançando 1,29%, superando R$ 6 e ampliando risco fiscal.
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve uma queda de 2,40% nesta quinta-feira (28), encerrando o pregão com 124.610,41 pontos. A queda, maior desde janeiro de 2023, ocorreu em um dia de baixa liquidez devido ao fechamento das bolsas de Nova York pelo feriado do Dia de Ação de Graças. O mercado reagiu às normas do pacote fiscal anunciado pelo governo, ampliando a versão ao risco.

O dólar à vista também registrou uma alta, encerrando a sessão a R$ 5,9895, avanço de 1,29%, e renovando o recorde. Durante o dia, a moeda chegou a ultrapassar o patamar de R$ 6, reforçando a preocupação com a situação fiscal do país e o impacto nos preços.

Mercado reagente ao pacote fiscal

O pacote fiscal, anunciado pelo Ministério da Fazenda, prevê cortes de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos e isenção do Imposto de Renda para faturamento de até R$ 5 mil. Para compensar, o governo propôs aumentar a tributação sobre receitas acima de R$ 50 mil, mas o mercado considera a medida insuficiente para equilibrar as contas públicas.

A ocorrência do mercado foi imediata, com os juros futuros disparando e áreas sensíveis a fatores macroeconômicos recuando. As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) para vencimentos de longo prazo ultrapassaram 14%, refletindo uma maior percepção de risco fiscal.

Pregão do Ibovespa: ações cíclicas lideraram as quedas 

As maiores quedas do dia foram lideradas por ações cíclicas, como CVC (CVCB3), que caiu mais de 12%, pressionada também pela alta do dólar. A Natura (NTCO3) recuperou cerca de 6%, eliminando os ganhos da véspera, mesmo com notícias positivas sobre acordos relacionados à integração da Avon.

Entre os pesos-pesados ​​do índice, a Petrobras (PETR4; PETR3) caiu mais de 1%, acompanhando o pessimismo geral do mercado. Já a Vale (VALE3) teve recuperação, apesar de um cenário mais estável para o minério de ferro na China.

As exportadoras se destacam na ponta positiva

Na contramão, as empresas exportadoras, beneficiadas pela valorização do dólar, lideraram os ganhos. Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11), JBS (JBSS3) e WEG (WEGE3) avançaram mais de 2%, destacando-se como pontos de resiliência em um dia turbulento para o mercado brasileiro.

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