Depois de meses de contas de luz mais altas, dezembro promete ser mais tranquilo para os brasileiros. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária verde, que elimina a cobrança adicional de R$ 1.885 a cada 100 kWh consumidos, aplicada em novembro com a bandeira amarela. A medida traz um rompimento importante para o orçamento das famílias no fim do ano.
As chuvas recentes crescem para a decisão. Segundo a Aneel, a melhoria no regime hídrico prejudica a necessidade de uso das termelétricas, que têm custos mais elevados. Com isso, o sistema de geração de energia voltou a operar com maior eficiência, reduzindo a pressão sobre os preços.
Alívio no bolso dos consumidores
Este é o primeiro mês de bandeira verde desde agosto, marcando uma reviravolta após meses de maior cobrança. Em setembro, as contas de luz enfrentaram a bandeira vermelha no patamar 1, seguida pelo patamar 2 em outubro, o nível mais alto do sistema de bandeiras. Apenas em novembro houve um rompimento com a aplicação da bandeira amarela.
Segundo Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias permite uma maior transparência sobre os custos de geração de energia e incentiva o consumo consciente. “É uma forma democrática de dialogar com a sociedade sobre eficiência energética”, afirmou.
Conta de luz: o impacto nos índices de inflação
A redução nos custos de energia também impacta a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O aumento nas contas de luz vem enviando os preços, ameaçando ultrapassar o teto da meta de inflação do Banco Central (3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual).
Com a bandeira verde em dezembro, espera-se um rompimento nos preços ao consumidor, trazendo um cenário econômico mais estável. A mudança ocorre em um momento oportuno, já que o final do ano é tradicionalmente marcado por despesas elevadas.