O fechamento do Ibovespa nesta quinta-feira (5) foi marcado por uma alta de 1,40%, somando quase 2 mil pontos e encerrando o dia aos 127.857,58 pontos. O desempenho positivo foi impulsionado pelo otimismo em relação ao avanço do pacote fiscal no Congresso Nacional, que ganhou regime de urgência na Câmara dos Deputados. O dólar à vista recuou, fechando em R$ 6,0097, uma queda de 0,63%.
No cenário interno, o destaque foi a aprovação da urgência para medidas fiscais no Congresso. A proposta autoriza o governo a limitar créditos tributários em caso de déficit fiscal e ajustes de despesas relacionadas ao salário mínimo. A tramitação acelerada eliminou a necessidade de análise em comissões e avançou na agenda econômica
Entre os dados macroeconômicos, o Brasil registrou superávit comercial de R$ 7.030 bilhões em novembro, abaixo das expectativas de R$ 7.800 bilhões.
Fechamento do Ibovespa: altas e baixas
Entre as ações, a Eletrobras (ELET3;ELET6) subiu quase 7%, com avanços nas negociações de governança pós-privatização. A Azul (AZUL4) liderou os ganhos, beneficiada pela queda do dólar e do petróleo Brent, fatores que impactaram positivamente os custos do setor aéreo.
Já a Vale (VALE3) recuperou, ignorando o desempenho positivo do minério de ferro, enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) avançou mais de 1%. Por outro lado, a CVC (CVCB3) caiu mais de 8%, acumulando perdas de 33% no ano.
Wall Street fecha em queda
No exterior, os índices de Nova York devolveram ganhos em meio a novos dados do mercado de trabalho. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 224 mil, acima das expectativas, aumentando a cautela antes do relatório oficial de empregos de novembro.
Confira os fechamentos:
- S&P 500: -0,19%, 6.075,11 pontos;
- Dow Jones: -0,55%, 44.765,71 pontos;
- Nasdaq: -0,18%, 19.700,26 pontos.
Investidores atentos à próxima decisão da Selic
No mercado de juros, a curva brasileira precificou 36% de chance de alta de 100 pontos-base na Selic, atualmente em 11,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgará a nova decisão na próxima quarta-feira (11).
Com a tramitação das medidas fiscais e os desdobramentos globais, os investidores acompanham os impactos nas projeções econômicas do país.