O número de devedores de condomínios no estado de São Paulo alcançou níveis recordes em outubro de 2024. Segundo dados da Superlógica, empresa especializada no mercado condominial, o índice chegou a 12,53%, superando a marca de 9,95% registrada em junho, que até então era a maior do ano.
Especialistas atribuem o aumento ao descompasso entre a renda familiar e os reajustes das taxas condominiais, que cresceram acima da inflação. Além disso, a priorização de outras dívidas com juros mais altos tem levado muitos moradores a adiar o pagamento dessa despesa fixa.
Aumento da taxa condominial e impacto no orçamento
Entre janeiro e outubro deste ano, o valor médio das taxas de condomínio no Brasil subiu 8,9%, atingindo R$ 901,74, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de apenas 3,88%. Em São Paulo, o reajuste foi de 6,66%, com o valor médio passando de R$ 669,54 para R$ 714,12.
Esse crescimento desproporcional afeta diretamente o orçamento das famílias, que já enfrentam dificuldades para equilibrar as contas. Economistas apontam que, apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de pleno emprego, os reajustes salariais não acompanham o aumento das despesas fixas.
São Paulo e o ranking nacional
Embora São Paulo tenha registrado um aumento expressivo na inadimplência, o estado não lidera o ranking nacional. Goiás ocupa o primeiro lugar, com 17,64% de devedores de condomínios, seguido por Alagoas (15,85%) e Rio Grande do Norte (14,85%).
A pesquisa da Superlógica abrangeu cerca de 70 mil condomínios em todo o país e considerou inadimplentes os boletos vencidos há mais de 30 dias. A metodologia também analisou fatores como o tipo de imóvel e sua localização, oferecendo um panorama detalhado da inadimplência no setor.
Consequências e soluções para devedores de condomínios
O não pagamento da taxa de condomínio pode comprometer a manutenção predial, serviços essenciais e investimentos futuros. Para evitar situações mais graves, especialistas sugerem que os moradores dialoguem com os síndicos e busquem soluções amigáveis, como renegociação ou parcelamento.
A conscientização sobre a importância desse pagamento é essencial, especialmente para aqueles que migraram de residências independentes para condomínios e podem não estar familiarizados com as obrigações financeiras coletivas.










