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Itaú vê indícios de fraude e crime contra ex-diretor, que nega e vai à Justiça

Alexsandro Broedel, ex-diretor do Itaú, classificou como “infundadas” as acusações de irregularidades feitas pelo banco e prometeu recorrer à Justiça. Ele afirmou que os serviços contratados eram conhecidos pelo Itaú e questionou o momento das denúncias, após sua saída para o Santander
Na imagem está Alexsandro Broedel, ex-diretor do Itaú
Divulgação/Itaú

A demissão de um ex-diretor do Itaú parecia ser apenas mais um caso de divergências institucional ou mesmo estratégia comercial. No entanto, novos fatos mostram que a motivação de desligamento vai além de espectro corporativo. Isso porque o banco já cogita entrar com uma ação civil em janeiro de 2025, após o fim do recesso do Judiciário. A informação é do Brazil Journal.

Houve crime do ex-diretor do Itaú?

Conforme informações divulgadas inicialmente pelo portal, o Itaú está contratando um escritório de advocacia para mover uma ação civil de reparação de danos contra Alexsandro Broedel e seu sócio, Eliseu Martins.

Segundo um executivo próximo às investigações internas do banco, existem fortes “indícios de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e associação criminosa”. No entanto, a fonte revelou ao Brazil Journal que a ação será longa, exigindo perícia, e que será solicitada uma indenização.

Por isso, o Itaú Unibanco entenderia que o ex-diretor financeiro de aprovou pagamentos indevidos a um fornecedor com o qual teria vínculos, totalizando R$ 10,45 milhões nos últimos quatro anos. A situação foi reportada ao Banco Central, Coaf e CVM.

Apuração interna

A investigação interna do Itaú, iniciada em agosto e concluída no fim de novembro, levou o banco a protocolar, na sexta-feira (6), um protesto interruptivo de prescrição, garantindo que eventuais irregularidades não prescrevam após três anos. O Itaú também solicitou a anulação da aprovação das contas de Broedel entre 2021 e 2023, com o objetivo de recuperar valores pagos indevidamente. Segundo o banco, Broedel teria contratado cerca de 40 pareceres da empresa Care, cujos sócios são Eliseu Martins e seu filho, Eric Martins, no período de 2019 a 2024, totalizando R$ 13,26 milhões.

Ex-diretor reage à suposta conduta fraudulenta

Todavia, Alexsandro Broedel reagiu rapidamente às acusações do Itaú, classificando-as como “infundadas e sem sentido” e prometendo tomar as “medidas judiciais cabíveis” para defender sua honra. Broedel pediu demissão do Itaú em julho, após 12 anos de trabalho, e assumiu um cargo no Santander em Madri, aguardando a aprovação do Banco Central espanhol.

Em nota, o ex-diretor do Itaú afirmou que “os serviços mencionados eram do conhecimento do Itaú e requeridos por diferentes áreas do banco”. Além disso, reforçou que Eliseu Martins era fornecedor do banco há décadas. Broedel também explicou que as transferências feitas pela Care e pela Evam eram “transferências entre sócios”. Ele expressou “profunda estranheza” por o Itaú levantar suspeitas “somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes”.

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