O Ibovespa sobe com foco em juros e atenção ao quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quarta-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira avançou 1,06%, alcançando 129.593,31 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a superar os 130 mil pontos, mostrando otimismo no mercado financeiro.
No câmbio, o dólar à vista recuou 1,53%, fechando a R$ 5,9557 — abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde o início de dezembro. O movimento foi impulsionado pelo cenário doméstico e pela expectativa de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, prevista para subir 0,75 ponto percentual, alcançando 12% ao ano.
Saúde de Lula e eleições no radar
Os investidores também monitoraram as atualizações sobre a saúde de Lula. O presidente passará por um novo procedimento médico nesta quinta-feira (12) para impedir possíveis complicações no cérebro. Esse contexto elevou a cautela no mercado, já que as eleições de 2026 começam a entrar no radar político.
Ações em destaque no pregão do Ibovespa
Entre os papéis que puxaram o Ibovespa, Hapvida (HAPV3) liderou as altas, com valorização superior a 9%. A projeção de reajuste nos planos de saúde para o biênio 2025-2026 foi um dos fatores que impulsionaram o ativo. Totvs (TOTS3) também brilhou, beneficiada pela elevação de recomendação de suas ações para compra.
Entre as blue chips, Petrobras (PETR4; PETR3) se destacou com alta superior a 1%, impulsionada pelo avanço nos preços do petróleo e por um contrato bilionário com a fornecedora SLB. Por outro lado, Vale (VALE3) registrou uma das maiores quedas, limitando os ganhos do índice.
Cenário internacional e Nasdaq recorde
No exterior, o mercado americano reagiu aos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que subiu 0,3% em novembro, em linha com as expectativas. Embora o CPI não seja a métrica principal do Federal Reserve (Fed), ele ajusta as projeções para a próxima reunião do Fomc, em dezembro, com apostas majoritárias em cortes de juros.
Além disso, o índice Nasdaq ultrapassou os 20 mil pontos pela primeira vez, impulsionado pelas ações de tecnologia. Alphabet, dona do Google, teve alta de 5% após anunciar avanços em chips para computação quântica.