Em outubro, o setor de serviços do Brasil registrou um crescimento de 1,1% em comparação com setembro, renovando o ponto mais alto da série histórica e superando o patamar pré-pandemia em 17,8%. O resultado foi impulsionado principalmente pelos serviços de transporte, com destaque para o aéreo, que avançou 27,1%, além de altas em outros modais como terrestre e aquaviário.
Serviços em alta impulsionam crescimento
O crescimento de 1,1% no volume de serviços foi liderado por avanços no setor de transportes, que teve alta de 4,1%. Todos os modais apresentaram resultados positivos, sendo o transporte aéreo o principal destaque. Segundo Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, a queda nos preços das passagens aéreas foi um fator determinante para o desempenho.
Outro setor com avanço foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 1,6%. Por outro lado, atividades como informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-1,4%) registraram quedas, sinalizando uma recuperação desigual entre os segmentos.
Setor de serviços: os estados que mais contribuíram para o resultado
O volume de serviços avançou em 22 das 27 unidades da federação. Os maiores destaques foram São Paulo (1,2%), Rio Grande do Sul (5,1%) e Paraná (2,1%). Entretanto, estados como Rio de Janeiro (-1,8%) e Amazonas (-4,2%) registraram quedas. No acumulado do ano, São Paulo também liderou com um crescimento de 4,9%, seguido por Rio de Janeiro (3,5%) e Santa Catarina (6,5%).
Turismo cresce 4,7% e atinge novo recorde
O segmento de atividades turísticas avançou 4,7% em outubro, atingindo um patamar 12,9% superior ao período pré-pandemia. Segundo o IBGE, o transporte aéreo de passageiros e os restaurantes foram os principais responsáveis pelo desempenho, com destaque para os estados de São Paulo (8,5%) e Ceará (10,8%).
Rodrigo Lobo aponta que o aumento das receitas provenientes de serviços turísticos, como restaurantes e agências de viagens, ajudou a estabelecer um novo recorde no segmento. Apesar disso, o Rio de Janeiro registrou queda de 6,5%, sendo a única unidade federativa a apresentar recuo.
Transportes de passageiros e cargas em alta
O transporte de passageiros avançou 8,7% em outubro, superando o nível pré-pandemia em 10,9%. Já o transporte de cargas cresceu 1,5%, embora ainda permaneça 5,6% abaixo do ponto mais alto de sua série histórica, alcançado em julho de 2023.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, o transporte de passageiros teve um salto de 19,4%, o maior crescimento desde setembro de 2022, enquanto o transporte de cargas interrompeu cinco meses consecutivos de queda.