O Banco Central realizou, nesta segunda-feira (16), a venda de US$ 4,6 bilhões no mercado cambial. A operação incluiu US$ 1,6 bilhão no mercado à vista e US$ 3 bilhões em um leilão de linha com compromisso de recompra. Apesar disso, o dólar abriu o dia em alta, chegando a R$ 6,09.
Como foi a venda de dólares pelo Banco Central?
Na sexta-feira (13), o BC havia anunciado um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, no qual os dólares voltariam para as reservas internacionais em uma data futura. Antes mesmo desse leilão, o BC surpreendeu o mercado com a venda de US$ 1,63 bilhão à vista, sem previsão de retorno às reservas.
Essas ações têm o objetivo de conter a valorização do dólar, mas os resultados ainda não foram expressivos. No leilão à vista, a taxa mínima aceita para as propostas foi de US$ 6,01.
Detalhes das operações realizadas
O leilão de linha movimentou US$ 3 bilhões e foi concluído em apenas cinco minutos, entre 10h20 e 10h25. O BC aceitou seis propostas nessa operação, com taxa de corte de 6,0357%. No leilão à vista, 18 propostas foram aprovadas.
Na última semana, o BC intensificou as intervenções no câmbio. Na quinta-feira (12), a instituição vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha. Já na sexta-feira (13), realizou outro leilão à vista, vendendo US$ 845 milhões de um total de US$ 1 bilhão ofertado.
Impacto da venda de dólares no mercado
Apesar das vendas de dólares pelo Banco Central, o dólar segue em alta. Tradicionalmente, essas operações ajudam a reduzir o preço da moeda americana frente ao real, mas, até o momento, o impacto foi limitado.
Com essas ações, o BC tenta controlar a volatilidade do câmbio, mas o mercado continua acompanhando de perto as próximas medidas da autoridade monetária.
Às 12h30, o dólar comercial estava cotado a R$ 6,0704, registrando alta de 0,58%.
