A Groenlândia, por meio de seu Premiê, reiterou nesta segunda-feira (24), véspera da Natal, que o seu território não está à venda, após declarações de Donald Trump sugerindo que os Estados Unidos poderiam assumir o controle da ilha, rica em recursos minerais e petrolíferos.
Qual foi a reação do Premiê da Groenlândia?
Depois de manifestar contrariedade à ideia de Trump, dessa vez a defesa aconteceu por meio do Premiê (primeiro-ministro) Mute Egede, que, em um comunicado, destacou: “A Groenlândia é nossa. Não estamos, e nunca estaremos, à venda. Não perderemos nossa longa luta pela liberdade.”
Entenda o caso
A polêmica foi reacendida no domingo, quando Trump publicou em suas redes sociais que, “no interesse da Segurança Nacional e da Liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos consideram a posse e o controle da Groenlândia uma necessidade absoluta.” Esta não é a primeira vez que Trump faz esse tipo de sugestão. Durante seu primeiro mandato, ele chegou a manifestar interesse em comprar a ilha dinamarquesa, proposta que foi prontamente rejeitada. Por isso, o premiê da Groenlândia tratou de reagir imediatamente.
Em 2019, o ex-presidente cancelou uma visita de Estado à Dinamarca após o governo dinamarquês afirmar que a Groenlândia não estava à venda. No entanto, sob a administração de Joe Biden, os EUA sinalizaram que não estavam mais interessados na compra, mas sim em fortalecer os laços com o território.
A Groenlândia, a maior ilha do mundo, é um território autônomo da Dinamarca desde 1979. Conta com um Parlamento próprio, cerca de 55.000 habitantes e um pequeno movimento pró-independência. A Dinamarca, por sua vez, ainda financia mais da metade do orçamento público da ilha, o que mantém um forte vínculo entre os dois países. Daí a repudio enfático do premiê da Groenlândia.