Em novembro, o estoque total das operações de crédito no Brasil alcançou R$ 6,3 trilhões, com um aumento de 1,2% em relação a outubro, segundo o Banco Central. Esse crescimento foi impulsionado pelo crédito às empresas, que subiu 1,4%, e às famílias, com alta de 1,0%.
Aumento do crédito no acumulado
Nos últimos 12 meses, o crédito registrou um aumento de 10,7%, ligeiramente acelerando em comparação ao crescimento de 10,6% observado até outubro. O crédito às empresas teve uma alta de 9,3%. Enquanto isso, a oferta às famílias desacelerou ligeiramente, passando de 11,8% para 11,6%.
O crédito com recursos direcionados, que atendem a normas governamentais, cresceu 1,1% em novembro e 11,3% em 12 meses, totalizando R$ 2,7 trilhões. O crédito direcionado às empresas aumentou 1,5% no mês, enquanto o direcionado às famílias subiu 0,9%.
No segmento de crédito livre, que é negociado livremente entre bancos e tomadores, o estoque para pessoas físicas somou R$ 2,1 trilhões, com um aumento de 1,1% no mês e 11,0% em 12 meses. As modalidades que mais impulsionaram esse crescimento foram cartão de crédito à vista, aquisição de veículos e crédito pessoal não consignado.
O crédito livre para empresas teve aumento de 1,3% no mês e 9,3% em 12 meses, alcançando R$ 1,5 trilhão, com destaque para as carteiras de desconto de duplicatas e de capital de giro.
Inadimplência
A taxa de inadimplência total no crédito foi de 3,1%, com uma leve queda de 0,1 ponto percentual em novembro. No crédito às empresas, a inadimplência se manteve em 2,3%, e no crédito às famílias, ficou estável em 3,7%.
As taxas de juros médias subiram para 28,6% ao ano em novembro, com um aumento de 0,5 ponto percentual em relação a outubro. No crédito às empresas, a taxa média de juros aumentou para 19,4% ao ano, enquanto nas operações para famílias, a taxa média foi de 33,0% ao ano.
O crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu R$ 18,2 trilhões, com um crescimento de 1,9% no mês, refletindo principalmente a expansão das captações externas, que aumentaram 4,9%. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 14,9%, com destaque para os títulos de dívida, que aumentaram 15,3%. O crédito ampliado às empresas somou R$ 6,5 trilhões, e o das famílias atingiu R$ 4,2 trilhões, com um crescimento anual de 11,8%.
