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Argentina se destaca: índice Merval dispara 172% em 2024

A bolsa de valores da Argentina registra alta histórica, impulsionada por reformas e otimismo econômico. Investidores estão de olho no mercado.
Imagem da fachada da Bolsa de Valores da Argentina para ilustrar uma matéria sobre o Índice Merval
(Imagem: Antonio García/Wikimedia Commons)

Com bons resultados em 2024, a Argentina consolidou-se como um dos mercados mais promissores da América Latina. Enquanto a Bolsa brasileira fechou o ano em baixa, o índice Merval subiu 172,52%, e o MSCI Argentina avançou 106%, atraindo atenção global para o país.

Crescimento argentino desperta o interesse dos investidores

O otimismo em relação à Argentina contrasta com a visão mais cautelosa sobre o Brasil, especialmente no portfólio de investidores da América Latina. De acordo com o Bradesco BBI, um número crescente de investidores busca oportunidades em empresas argentinas com forte exposição ao país, mas que ainda não refletiram totalmente o desempenho do mercado.

Analistas apontam que, além do crescimento nas vendas locais, o ajuste fiscal e as reformas promovidas pelo governo argentino criaram um ambiente mais favorável para negócios. Empresas como Raízen, Marcopolo, Mercado Livre e Ternium aparecem em listas de alta convicção como potenciais beneficiárias dessas mudanças.

Reformas impulsionam economia e atraem capital externo

Os esforços para reequilibrar a economia argentina têm mostrado resultados positivos, especialmente na redução do risco-país, que caiu de 2.000 pontos no início de 2024 para 650 pontos. Esses avanços estão permitindo que empresas operando no país melhorem seus lucros e valuations, como apontam relatórios do Bradesco BBI e do Morgan Stanley.

Além disso, a reintegração gradual da Argentina aos mercados globais abre caminho para fluxos de capital adicionais. Segundo estimativas, uma reclassificação das ações argentinas no MSCI da América Latina poderia atrair US$ 1,1 bilhão em novos investimentos.

Energia e agricultura como pilares de crescimento

Com vantagens comparativas em agricultura e energia, a Argentina busca reconstruir sua economia apostando em setores estratégicos. No mercado de energia, as exportações de petróleo devem atingir 550 mil barris por dia até 2030, resultado do aumento da capacidade de transporte e produção.

Empresas argentinas também têm papel central na digitalização da América Latina, mesmo operando ou sendo listadas fora do país. A combinação de desregulamentação econômica, ajuste fiscal e políticas de incentivo está moldando um ambiente mais competitivo, com impactos que podem se espalhar pela região.

Riscos e oportunidades no cenário argentino

Apesar do otimismo, analistas destacam que a sustentabilidade dos lucros ainda depende de suporte político às reformas em andamento. O sucesso da agenda econômica argentina pode servir como referência para outros países da América Latina, que enfrentam desafios semelhantes e têm eleições marcadas nos próximos dois anos.

O Morgan Stanley recomenda atenção ao mercado argentino, destacando empresas como Vista e Edenor. A Vista, por exemplo, é considerada uma das favoritas no setor de petróleo e gás, com um histórico forte e grande potencial de crescimento na nova fase econômica do país.

A América Latina no radar global

As mudanças na política e economia argentinas destacam o país como um indicador de possíveis transformações regionais. O avanço em reformas estruturais sinaliza um ambiente econômico mais promissor. A recuperação de lucros pode influenciar decisões de investidores globais e o futuro econômico da América Latina.

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