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Caixa volta a elevar juros para compra de imóveis; confira novos valores

A Caixa aumentou os juros para financiamento imobiliário via SBPE devido à alta da Selic e saques na poupança. As taxas agora variam de TR + 10,99% a 12% ao ano e poupança + 4,12% a 5,06%. Programas como o Minha Casa, Minha Vida não tiveram alterações
Imagem de prédios. Juros para financiamento da Caixa volta a subir
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Diante das recentes altas na Taxa Selic e da retirada de recursos da caderneta de poupança, a Caixa Econômica Federal aumentou os juros do financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Quais são os novos juros para financiamento?

As taxas sofreram um reajuste de 1 a 2 pontos percentuais, mas o juros para financiamento depende da modalidade, com validade para novos contratos a partir de 2 de janeiro. As linhas de crédito corrigidas pela Taxa Referencial (TR) passaram a ter juros entre TR mais 10,99% e 12% ao ano, comparados aos 8,99% a 9,99% praticados até o final de 2024.

Já para as linhas de juros para financiamentos corrigidas pela poupança, a taxa subiu para a remuneração da caderneta mais 4,12% a 5,06% ao ano, contra a faixa anterior de 3,1% a 3,99% ao ano.

Por que novo aumento?

A Caixa justificou o reajuste informando que a definição das taxas de juros para financiamento imobiliário sofre influencia da conjuntura de mercado e dos fatores mercadológicos e conjunturais, em conformidade com as regras prudenciais do crédito.

Essas mudanças afetam exclusivamente os financiamentos ligados ao SBPE, voltados para a classe média e financiados com recursos da caderneta de poupança. Já os créditos do programa Minha Casa, Minha Vida, destinados a famílias com renda de até R$ 8 mil e imóveis de até R$ 350 mil, não sofreram alteração nas taxas de juros.

A Caixa, responsável por cerca de 70% dos financiamentos imobiliários do país, alterou as condições de juros do setor pela segunda vez em dois meses. Em novembro, o banco aumentou a entrada de 20% para 30% e criou novas modalidades vinculadas ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cuja taxa segue a variação da Selic.

Taxa Selic afeta concessão de financiamento

A escassez de recursos é atribuída a dois fatores: o aumento da Selic e a falta de recursos no mercado. Desde setembro, a Selic foi elevada de 10,5% para 12,25%. Isso afeta os juros para financiamento. Além disso, a caderneta de poupança teve saques líquidos consecutivos, somando R$ 6,3 bilhões a mais do que os depósitos em outubro. As estatísticas de novembro serão divulgadas pelo Banco Central nesta quarta-feira (8). Outro fator limitante foi o aumento na demanda pelas linhas de crédito da Caixa, especialmente devido ao aumento das taxas nos bancos privados.

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