Os preços de imóveis no Brasil apresentaram um aumento em 2024, com uma alta média de 7,73%, segundo o Índice FipeZAP. Este crescimento não apenas superou a inflação acumulada de 4,64%, mas também marcou a maior valorização desde 2013. A alta real foi de 3,09%, descontando o impacto inflacionário.
Economia e mercado imobiliário em 2024
A recuperação econômica do Brasil foi um dos fatores determinantes para o aquecimento do mercado imobiliário. O Produto Interno Bruto (PIB) superou expectativas, com crescimento de 3,5%, impulsionado pelo aumento no consumo e pela redução da taxa de desemprego, que atingiu o patamar histórico de 6,1%.
A expansão do crédito imobiliário também desempenhou um papel importante. Paula Reis, economista do DataZAP, explica que o ambiente macroeconômico favoreceu especialmente os segmentos de médio padrão e habitação popular.
Curitiba liderou o aumento de preços entre as capitais, com uma alta de 18%, seguida por Salvador (16,38%) e João Pessoa (15,54%). Por outro lado, Santa Maria (RS) foi a única cidade monitorada a registrar queda, com uma retração de 1,5%.
Preços de imóveis nas capitais
O preço médio de venda em 56 cidades monitoradas foi de R$ 9.366 por metro quadrado. Em algumas capitais, os valores são ainda mais elevados:
- Vitória (ES): R$ 12.287/m²
- Florianópolis (SC): R$ 11.766/m²
- São Paulo (SP): R$ 11.374/m²
Balneário Camboriú (SC) é destaque como a cidade mais cara do Brasil, com o metro quadrado custando R$ 13.911.
Perspectivas dos preços de imóveis para 2025
Para 2025, o mercado de imóveis deve continuar em alta, mas em um ritmo mais moderado. Especialistas apontam que a manutenção de taxas de juros mais baixas pode incentivar novos financiamentos, especialmente para imóveis de médio padrão.
Além disso, espera-se um crescimento mais expressivo em regiões fora do eixo tradicional, como cidades do Nordeste, que têm atraído investimentos e apresentado melhor relação custo-benefício.