Em 2024, as vendas de motos no Brasil registrou um crescimento de 18,6%, totalizando 1,88 milhão de unidades vendidas. Este desempenho representa uma série de fatores econômicos e sociais que contribuíram para o aumento na demanda por motocicletas.
Vendas de motos no Brasil: expansão do crédito e aumento da renda
A principal força por trás do aumento nas vendas de motos no Brasil foi a expansão do crédito, que facilitou o financiamento e permitiu que mais brasileiros adquirissem seus veículos. O acesso mais facilitado ao crédito não apenas impulsionou a compra de motos, mas também ajudou a aquecer outros setores da economia, como o comércio e os serviços.
Além disso, o crescimento da renda da população brasileira, especialmente em 2024, teve um impacto direto na decisão de compra de bens duráveis.
Crescimento dos serviços de entrega (Delivery)
Outro fator para o crescimento das vendas de motos foi a popularização dos serviços de entrega. No Brasil, o aumento de plataformas de delivery, como aplicativos de comida e compras, gerou uma demanda considerável por motos, que são veículos mais rápidos, econômicos e ágeis para esse tipo de trabalho.
Muitas empresas, desde restaurantes a lojas de varejo, dependem das motocicletas para garantir a entrega de seus produtos, o que incentivou a aquisição desses veículos por parte de autônomos e empresas.
A crise econômica também consolidou as motos como transporte econômico e fonte de renda, atraindo entregadores e famílias com orçamento apertado.
Economia de combustível e acessibilidade
Outro fator importante que impulsionou as vendas de motos foi a preocupação dos consumidores com o custo do transporte. O aumento do preço dos combustíveis levou muitos a escolherem motos pelo melhor custo-benefício, especialmente no consumo.
Perspectivas para as vendas de motos no Brasil em 2025
Embora o mercado de motos tenha apresentado resultados muito positivos em 2024, as perspectivas para 2025 mostram um crescimento mais moderado. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) projeta alta de 5%, impulsionada pela demanda dos serviços de entrega e pela busca por transporte mais econômico. No entanto, a alta das taxas de juros e as incertezas econômicas podem impactar esse crescimento.