A cotação do dólar hoje encerrou a sessão desta segunda-feira (29) em leve queda de 0,09%, fechando a R$ 5,9128. Esse é o menor patamar desde novembro de 2024, quando a moeda foi cotada a R$ 5,8096.
Esse movimento marca a sexta sessão consecutiva de desvalorização da moeda em relação ao real. Durante a manhã, o dólar chegou a ensaiar uma alta, mas a tendência de queda prevaleceu ao longo do dia.
No mercado futuro, o contrato para fevereiro avançou 0,02%, sendo negociado a R$ 5,9185. Em janeiro, a moeda acumula uma desvalorização de 4,31%.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,912
- Venda: R$ 5,912
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,943
- Venda: R$ 6,123
Fatores que influenciaram o câmbio hoje
Dois fatores principais impactaram o desempenho do dólar: as tensões comerciais entre Estados Unidos e Colômbia e a crescente incerteza sobre o avanço da inteligência artificial na China.
Os EUA e a Colômbia evitaram um impasse diplomático depois que o governo colombiano aceitou receber voos militares transportando imigrantes deportados. A decisão foi divulgada pela Casa Branca no domingo, evitando a imposição de tarifas e sanções econômicas por parte do governo norte-americano. No entanto, o episódio trouxe preocupações sobre a postura comercial dos EUA, deixando os mercados cautelosos.
Paralelamente, a startup chinesa DeepSeek anunciou uma nova tecnologia baseada em inteligência artificial que promete reduzir a dependência de chips avançados e infraestrutura pesada. O anúncio gerou volatilidade nos mercados globais, especialmente entre investidores que apostavam na expansão da demanda por semicondutores.
Brasil: juros e inflação no radar
No cenário interno, a política monetária brasileira também movimentou os mercados. O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou que analistas agora esperam uma taxa Selic de 12,50% ao final de 2024, acima da previsão anterior de 12,25%. Para 2025, a projeção de 15% foi mantida.
As expectativas de inflação também sofreram ajustes. A projeção para o IPCA de 2025 subiu para 5,50%, ante 5,08% na semana passada. Já a previsão para 2026 aumentou de 4,10% para 4,22%.
A decisão do Copom, prevista para esta quarta-feira, pode trazer novos ajustes na política de juros, o que impactaria diretamente o comportamento do dólar nos próximos dias.
Vídeo do canal Jovem Pan News no YouTube.
O que esperar do dólar nos próximos dias?
O mercado segue atento às movimentações políticas e econômicas nos EUA e China, além da decisão do Banco Central brasileiro sobre a Selic. A volatilidade do câmbio pode se manter nos próximos dias, dependendo das declarações do governo norte-americano e dos impactos da nova tecnologia chinesa sobre o setor financeiro global.
Para investidores e empresas que acompanham a cotação do dólar hoje, o cenário ainda é de incerteza, exigindo atenção a novos desdobramentos internacionais e decisões de política monetária no Brasil.