O dólar cai pela sétima sessão consecutiva no Brasil, encerrando abaixo de R$ 5,90 pela primeira vez em 2025. A moeda norte-americana fechou esta terça-feira (28) em R$ 5,8691, registrando baixa de 0,74% no dia e acumulando queda de 5,02% em janeiro.
No mercado futuro, o contrato do dólar para fevereiro, o mais negociado na B3, cedia 0,42% no fim da tarde, sendo cotado a R$ 5,8755.
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Cotação do dólar comercial e turismo
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,868
- Venda: R$ 5,868
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,967
- Venda: R$ 6,147
O que movimentou o dólar hoje?
O mercado de câmbio acompanhou o desempenho de outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, que operaram próximas da estabilidade. A cotação também refletiu a busca por ativos seguros após forte liquidação de ações de tecnologia na segunda-feira (27).
A volatilidade recente foi impulsionada pelo lançamento de um novo modelo de inteligência artificial de baixo custo pela startup chinesa DeepSeek, que pressionou papéis do setor de tecnologia e ativos de maior risco. A aversão global ao risco levou investidores a procurarem moedas fortes, mas o real se manteve firme devido a um movimento de correção após sua desvalorização no fim de 2024.
Possíveis tarifas nos EUA impactam mercados
As incertezas sobre tarifas comerciais globais também pesaram no cenário. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que pretende impor tarifas maiores que 2,5% sobre importações globais. O anúncio veio após o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, indicar apoio a tarifas iniciais de 2,5%, que poderiam ser elevadas gradualmente.
A sinalização de novas tarifas aumentou a cautela dos investidores, que temem impactos no comércio global e no crescimento econômico.
Expectativas para juros nos EUA e Brasil
Os mercados agora aguardam decisões importantes sobre taxas de juros, com destaque para as reuniões do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, do Banco Central do Brasil (Copom) e do Banco Central Europeu (BCE).
Nos EUA, a expectativa é de manutenção da taxa de juros na quarta-feira (29), após três cortes consecutivos que reduziram os juros em 1 ponto percentual acumulado.
No Brasil, o Copom deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, conforme já indicado na última reunião. O banco central brasileiro deve reconhecer a deterioração das expectativas de inflação e sinais de desaceleração da atividade econômica, segundo analistas do Goldman Sachs.
Enquanto isso, o BCE deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, refletindo a desaceleração econômica na zona do euro.