O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (7) com queda de 1,27%, atingindo 124.619,40 pontos. O índice recuou mais de 1.600 pontos no pregão, refletindo a reação negativa ao balanço do Bradesco, preocupações fiscais e as novas tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump. Na semana, a bolsa acumulou uma retração de 1,20%.
O dólar à vista, por sua vez, avançou 0,52% e fechou a R$ 5,7936. Apesar da alta no dia, a moeda teve queda de 0,74% na semana.
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Investidores atentos ao risco fiscal
O mercado voltou a demonstrar cautela com o cenário doméstico após notícias de que o governo pode reajustar o Bolsa Família em resposta à alta dos preços dos alimentos. A proposta levanta preocupações sobre seu impacto na inflação, uma vez que pode elevar o consumo e dificultar o controle dos preços.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou em entrevista à DW Brasil que está elaborando um relatório para apresentar ao presidente Lula até março. A medida contraria a expectativa do mercado, que defende cortes de gastos para equilibrar as contas públicas.
Bradesco decepciona e ações desabam
O Bradesco divulgou lucro recorrente de R$ 5,4 bilhões no quarto trimestre de 2024, representando um avanço de 87,7% na comparação anual. Porém, parte desse crescimento foi impulsionado por ajustes não recorrentes de R$ 468 milhões, principalmente devido ao fechamento de agências.
Ações no pregão do Ibovespa
As ações de Petrobras (PETR4; PETR3) e Vale (VALE3) também encerraram o pregão no vermelho, influenciadas pelas tensões em torno de possíveis novas tarifas comerciais que Donald Trump pode impor caso seja eleito novamente nos Estados Unidos.
Entre os destaques positivos, Totvs (TOTS3) e Cogna (COGN3) avançaram, buscando recuperar parte das perdas da semana. Já Automob (AMOB3) liderou as quedas pelo segundo dia seguido, sem motivos específicos para o movimento negativo.
No acumulado da semana, Cogna teve o melhor desempenho no Ibovespa, com alta de quase 8%. Já Automob registrou a maior desvalorização, com perdas superiores a 19%.
