A primeira Ferrari de Schumacher foi leiloada pela RM Sotheby’s na última sexta-feira (7). O grande mistério é o valor da venda, que continua em sigilo a pedido do comprador, que também não teve seu nome revelado. O carro do heptacampeão mundial chamou a atenção dos colecionadores. Além disso, sua história e conservação fazem dela uma peça única no mercado.
A primeira Ferrari de Schumacher: um presente exclusivo
Em 1996, a equipe da marca presenteou Michael Schumacher com esse modelo F355 GTS, tornando-se sua primeira Ferrari. Esse foi o primeiro carro da marca na coleção do piloto.
O carro foi entregue na Alemanha em 30 de abril de 1996 e registrado no nome da empresa de seu empresário, Willi Weber. Apenas dois dias após o Grande Prêmio de Nürburgring, onde Schumacher ficou em segundo lugar.
Quilometragem e estado de conservação da primeira Ferrari de Schumacher
A primeira Ferrari de Schumacher registrava cerca de 47.300 km rodados, resultando em uma média de apenas 1.600 km por ano. O número é considerado baixo para um carro desse tipo. A RM Sotheby’s destacou que, por ser a primeira Ferrari da coleção de Schumacher, seu valor histórico se torna ainda maior.
Em setembro de 2024, a FMS Ferrari realizou a manutenção do carro. A equipe substituiu o para-brisa, as pastilhas de freio traseiras, as correias dentadas, as velas de ignição e a bateria. Além disso, restaurou o painel de instrumentos para manter a originalidade do veículo.
Vídeo com os detalhes da pequena restauração que a Ferrari F355 GTS de Schumacher passou.
Desempenho e características da Ferrari F355 GTS
Schumacher personalizou sua primeira Ferrari para atender ao seu gosto. O modelo possui carroceria na cor Blu Le Mans e interior em tom creme. O motor V8 3,5 litros entrega 381 cv de potência e 37 kgfm de torque. O carro acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,7 segundos e atinge uma velocidade máxima de 295 km/h. Além disso, o câmbio manual de seis marchas reforça sua característica clássica e esportiva.
Uma relíquia de Schumacher cobiçada por colecionadores mundiais
Os registros mostram que essa Ferrari foi entregue à Willi Weber em 30 de abril de 1996, apenas dois dias depois do Grande Prêmio de Nürburgring, onde o campeão ficou em segundo lugar. O piloto costumava usar o veículo em Mônaco, onde o campeão da Fórmula 1 morava. A primeira revisão aconteceu em uma concessionária Ferrari quando o carro tinha apenas 1.639 km rodados.
A Ferrari Monaco Motors realizou sua manutenção até setembro de 1997, e a primeira revisão ocorreu em uma concessionária da marca quando o carro tinha apenas 1.639 km rodados.
Depois de Schumacher, a Ferrari passou por dois donos na França antes de ser comprada pelo atual vendedor em 2004. Mesmo com a troca de proprietários, o carro manteve sua originalidade. Além disso, ele ainda tem um autógrafo de Schumacher no encosto do banco do motorista, tornando-o ainda mais valioso para colecionadores.
O mercado de objetos colecionáveis de Schumacher
O interesse por objetos exclusivos ligados a Schumacher vai além dos automóveis. Em maio de 2024, colecionadores adquiriram oito de seus relógios em um leilão da Christie’s em Genebra. A venda arrecadou 4 milhões de francos suíços, cerca de R$ 22,6 milhões na época. Esse evento, chamado Rare Watches, demonstrou o grande fascínio por peças de alto valor histórico.
Entre os destaques do leilão, estava um F.P. Journe Vagabondage, um presente de Natal de 2006 dado por Jean Todt, ex-piloto e diretor da Ferrari. Schumacher recebeu esse relógio após conquistar sete vitórias pela equipe italiana. O modelo exclusivo alcançou um valor impressionante de US$ 1,67 milhão, mostrando como itens ligados ao piloto continuam despertando grande interesse no mercado de colecionáveis.
