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Boletim Focus: inflação sobe pela 17ª vez seguida; o que isso significa?

A inflação projetada pelo Boletim Focus subiu pela 17ª semana consecutiva. O Banco Central já alerta para riscos no controle dos preços.
O Boletim Focus aponta inflação em alta e impacto nos juros. Veja as projeções e como isso pode afetar a economia brasileira.
Banco Central do Brasil (Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O mercado financeiro revisou para cima, mais uma vez, as estimativas de inflação para 2025 e 2026. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil nesta segunda-feira (10), a expectativa para os próximos anos segue em trajetória de alta, enquanto a taxa básica de juros permanece estável.

Boletim Focus: inflação seguirá acima do esperado?

As previsões de inflação avançaram pela 17ª semana consecutiva para 2025, subindo de 5,51% para 5,58%, ultrapassando o teto da meta estabelecida. Já para 2026, houve um aumento de 4,28% para 4,30%, marcando a sétima elevação seguida do indicador.

O sistema de meta contínua estipula que a inflação deve se manter em 3%, sendo considerada dentro do esperado caso varie entre 1,5% e 4,5%. Se os índices permanecerem fora dessa faixa por seis meses seguidos, o Banco Central do Brasil será obrigado a justificar formalmente o descumprimento ao Ministério da Fazenda.

Em janeiro, o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro Fernando Haddad explicando os fatores que contribuíram para o descumprimento da meta de 2024, incluindo a forte atividade econômica, a desvalorização do real e eventos climáticos extremos.

O próprio BC já alertou que a inflação pode continuar acima do teto de 4,5% até junho de 2025, reforçando o desafio de conter os preços nos próximos meses.

Como a inflação impacta o consumidor?

Com o aumento da inflação, o poder de compra das famílias diminui, especialmente para quem tem renda menor. O preço dos produtos sobe, enquanto os salários nem sempre acompanham esse crescimento, afetando principalmente itens essenciais como alimentos e energia.

Vídeo do canal Jovem Pan News no YouTube.

Para tentar controlar essa pressão inflacionária, o Banco Central do Brasil ajusta a taxa Selic, que influencia o custo do crédito e o ritmo da economia. No entanto, os efeitos dessas mudanças costumam levar de seis a 18 meses para serem sentidos de forma plena.

No momento, a instituição já está analisando a inflação projetada para 2026, ajustando suas estratégias para tentar manter os preços sob controle.

Juros seguem estáveis, mas podem subir

De acordo com o Boletim Focus, os analistas do mercado financeiro mantiveram as projeções para a taxa básica de juros neste ano. Em janeiro, o Banco Central do Brasil elevou a Selic para 13,25% ao ano, na quarta alta consecutiva, e indicou que pode subir novamente a taxa em março.

As previsões para os próximos anos são:

  • 2025: taxa Selic estimada em 15% ao ano;
  • 2026: expectativa de 12,50% ao ano;
  • 2027: projeção mantida em 10,38% ao ano.

O cenário atual de juros elevados torna o crédito mais caro, o que pode desacelerar a economia. No entanto, essa estratégia é considerada essencial para evitar um descontrole dos preços.

PIB tem leve redução na projeção de crescimento

O Produto Interno Bruto (PIB), principal indicador de atividade econômica do país, teve sua projeção revisada para baixo no segundo Boletim Focus de fevereiro de 2025 . O mercado financeiro reduziu a expectativa de crescimento para 2025 de 2,06% para 2,03%, enquanto para 2026 caiu de 1,72% para 1,70%.

O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil e é um termômetro da economia. Um crescimento menor pode indicar um ritmo mais lento nos investimentos e na geração de empregos, refletindo o impacto das altas taxas de juros.

Outros indicadores econômicos do Boletim Focus para 2025 e 2026

Além da inflação e dos juros, o boletim Focus da segunda semana de fevereiro de 2025 trouxe atualizações sobre o dólar, a balança comercial e os investimentos estrangeiros:

Dólar:

  • a projeção para o câmbio no fim de 2025 e 2026 permaneceu em R$ 6;

Balança comercial:

  • o superávit esperado para 2025 subiu de US$ 75,7 bilhões para US$ 76,8 bilhões, e para 2026 avançou de US$ 77 bilhões para US$ 78 bilhões;

Investimentos estrangeiros:

  • a previsão de entrada de investimentos diretos no Brasil se manteve em US$ 70 bilhões para 2025 e US$ 75 bilhões para 2026.

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