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O que levou credores a apoiar a recuperação judicial da OEC

A imagem mostra a fachada da Odebrecht, representando a recuperação judicial da OEC.
O que levou credores a apoiar a recuperação judicial da OEC. Foto: Mercado & Consumo.

O plano de recuperação judicial da OEC (Odebrecht Engenharia e Construção), principal operação da Novonor (antiga Odebrecht), obteve aprovação de mais de 92% dos credores em uma assembleia realizada em 7 de fevereiro de 2025. A decisão representa um passo crucial para a reorganização financeira da empresa, que enfrenta uma dívida bilionária após anos de instabilidade.

A aprovação do plano, que ainda precisa ser homologado pela Justiça. Ela visa reduzir a dívida da OEC de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 26,4 bilhões) para US$ 150 milhões (R$ 863,2 milhões). Esse movimento sinaliza a confiança dos credores na capacidade de reestruturação da empresa, mas também impõe desafios para a continuidade de suas atividades.

O que motivou os credores a aprovar o plano?

A reestruturação foi motivada por uma combinação de fatores estratégicos apresentados pela OEC. Entre os pontos que pesaram para a decisão estão:

  • Proposta de redução significativa da dívida: a empresa propôs um corte expressivo de suas obrigações financeiras, com a conversão de parte dos créditos em novos títulos mais sustentáveis a longo prazo.
  • Parceria com BTG pactual: o banco ancorou um empréstimo para a reestruturação financeira, o que ajudou a dar credibilidade ao plano e oferecer garantias adicionais aos credores.
  • Novo modelo de governança: a OEC também apresentou um plano para melhorar sua estrutura de governança corporativa, com foco em transparência e conformidade regulatória, buscando distanciar-se dos problemas que marcaram o grupo no passado.
  • Continuidade das operações: a manutenção de projetos em andamento foi um fator decisivo, uma vez que os credores enxergaram potencial para geração de receita.

Contexto do processo de recuperação judicial da OEC

A aprovação do plano ocorre quase seis anos após a antiga Odebrecht anunciar sua própria recuperação judicial. O processo envolveu negociações complexas, especialmente com grupos como o Fidera Group. Inicialmente questionou a efetividade do plano e criticou a falta de transparência em relação ao empréstimo do BTG Pactual.

A situação também coloca a OEC sob os holofotes de credores internacionais. A aquisição da Dubai Aerospace Enterprise pela Nordic Aviation Capital (NAC), uma das principais credoras, pode aumentar a pressão para a implementação eficiente do plano.

A aprovação da recuperação judicial representa um marco importante para a OEC. Seu sucesso dependerá da capacidade de executar as medidas propostas e reconquistar a confiança do mercado.

Caso consiga superar os desafios, a OEC tem a oportunidade de se reposicionar como uma das principais empresas de engenharia e construção do país. Contribuindo para a retomada do crescimento do setor de infraestrutura no Brasil.

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