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Venda da Provu revela crise e redefine futuro das fintechs

A imagem mostra a logo da fintech Provu, que foi vendida recentemente.
Venda da Provu escancara crise e redefine futuro das fintechs. (Foto: Provu - Imagem divulgação)

O mercado de fintechs de crédito no Brasil enfrenta um cenário desafiador, marcado pela restrição ao capital e pelo aumento da inadimplência. A venda da fintech Provu, plataforma especializada em crédito pessoal, sinaliza as dificuldades enfrentadas pelo setor e levanta questionamentos sobre o futuro das startups financeiras no país.

O que levou à venda da fintech Provu?

A fintech Provu, anteriormente conhecida como Lendico, operava no Brasil desde 2015 e ganhou destaque ao oferecer soluções inovadoras para crédito pessoal e parcelamento de compras sem cartão de crédito, um modelo conhecido como “buy now, pay later” (BNPL). Em 2021, recebeu autorização do Banco Central para atuar como Sociedade de Crédito Direto (SCD), permitindo a concessão de empréstimos com recursos próprios. Naquele mesmo ano, a startup financeira captou em média R$1,4 bilhão por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) estruturado pelo Goldman Sachs.

No entanto, o cenário macroeconômico mudou drasticamente desde então. O aperto monetário global, com elevação das taxas de juros, impactou a captação de recursos para fintechs de crédito. Ao mesmo tempo, o aumento da inadimplência tornou mais arriscada a concessão de crédito, reduzindo a margem de lucro das operações. Como resultado, a fintech Provu enfrentou dificuldades financeiras e interrompeu a oferta de novos empréstimos.

Venda como reflexo de um mercado desafiador

A venda da fintech Provu para o empresário Vinicius Garcia Cipullo e a Holditsafe Financeira Ltda. ainda depende da aprovação do Banco Central, mas já indica uma tendência mais ampla no setor. Nos últimos anos, diversas startups financeiras passaram por fusões, aquisições ou encerramento de operações devido à dificuldade de manter um modelo sustentável de concessão de crédito.

O caso da fintech Provu não é isolado. Fintechs de crédito que apostaram no crescimento acelerado por meio de capital de risco estão agora lidando com um ambiente mais rigoroso, onde investidores exigem maior rentabilidade e menor exposição a riscos. A transação levanta questões sobre a viabilidade do modelo de negócios das startups financeiras no Brasil e sobre quais empresas conseguirão se adaptar a essa nova realidade.

O futuro das fintechs de crédito no Brasil

A venda da fintech Provu reforça a necessidade de um modelo de negócios mais resiliente para startups financeiras que atuam no setor de crédito digital. Enquanto algumas fintechs buscam fusões e parcerias estratégicas para fortalecer suas operações, outras devem se concentrar em nichos específicos para reduzir a exposição ao risco. Além disso, a regulamentação do Banco Central será um fator determinante para a sobrevivência e o crescimento dessas empresas no médio e longo prazo.

Diante desse contexto, a venda da fintech Provu pode ser um indicativo de que o setor está entrando em uma nova fase, na qual a sustentabilidade financeira será um fator essencial para o sucesso das fintechs de crédito no país.

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