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Lucro da Gerdau cai no 4T24, mas tarifas nos EUA podem ajudar em 2025

A Gerdau encerrou 2024 com queda no lucro, mas espera que tarifas nos EUA favoreçam seus negócios e impulsionem a demanda no próximo ano.
Gerdau encerra 2024 com queda no lucro, mas vê tarifas nos EUA como oportunidade de recuperação e crescimento no setor de aço.
(Imagem: divulgação/Gerdau)

A Gerdau encerrou 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 4,28 bilhões, uma queda de 19,7% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, o lucro foi de R$ 666 milhões, queda de 9% na comparação com o mesmo período de 2023. Apesar do desempenho mais fraco, a expectativa para 2025 é positiva, impulsionada por novas tarifas sobre o aço importado nos Estados Unidos.

Como foi o desempenho da Gerdau ao longo de 2024?

O terceiro trimestre já apontava um cenário desafiador. Entre julho e setembro, a Gerdau registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,43 bilhão, uma redução de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado também caiu 10%, totalizando R$ 3,02 bilhões, enquanto a margem Ebitda recuou para 17,4%.

Mesmo com a pressão sobre os lucros, a receita líquida da companhia cresceu 1,8% no terceiro trimestre, alcançando R$ 17,38 bilhões. A redução das despesas administrativas e da dívida líquida – que caiu 37,7% na comparação anual, chegando a R$ 3,7 bilhões – ajudou a manter a empresa financeiramente sólida.

Já no quarto trimestre, a receita líquida atingiu R$ 16,8 bilhões, alta de 14,3% frente ao mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado do trimestre foi de R$ 2,39 bilhões, um crescimento de 17,2% em relação ao ano anterior. No entanto, no acumulado do ano, o Ebitda caiu 19,7%, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Quais fatores impactaram os resultados da Gerdau?

O diretor financeiro e de relações com investidores da Gerdau, Rafael Japur, explica que o desaquecimento dos mercados dos Estados Unidos e Canadá afetou o desempenho da companhia. Além disso, a venda de joint ventures reduziu a geração de resultados operacionais, mesmo tendo gerado caixa no curto prazo.

No Brasil, o excesso de importação de aço também pressionou a produção nacional. Em resposta, a Gerdau adotou medidas de contenção, como a hibernação de fábricas e um programa de corte de custos que resultou em uma economia de R$ 1,5 bilhão ao longo do ano.

“O primeiro trimestre foi mais desafiador, com fechamento de capacidade produtiva em algumas usinas no Brasil. Mas medidas de defesa comercial ajudaram a reequilibrar o setor”, explica Rafael Japur.

Confira a seguir uma entrevista com Jorge Gerdau, o empresário que liderou a expansão global da companhia.

Vídeo do canal PrimoCast no YouTube.

A Gerdau pode se beneficiar das tarifas nos Estados Unidos e ter lucro em 2025?

Uma das apostas da Gerdau para 2025 é o impacto das novas tarifas de importação de aço anunciadas pelo governo norte-americano. O ex-presidente Donald Trump defendeu a imposição de uma tarifa de 25% sobre o aço importado, o que pode reduzir a concorrência e favorecer empresas com produção local nos EUA, como a Gerdau.

“O ambiente com maior defesa comercial e menos entrada de produtos importados a preços predatórios é positivo para nós”, afirma Rafael Japur. Ele destaca que a empresa já observa um aumento na carteira de pedidos e ajustes de preços no mercado norte-americano.

Mesmo que o Brasil consiga negociar cotas de importação, a Gerdau acredita que os preços do aço longo nos Estados Unidos devem subir, favorecendo seus negócios na região.

Lucro da Gerdau: como as ações da empresa reagiram?

Antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, as ações da Gerdau (GGBR4) encerraram o pregão da quarta-feira (5) estáveis, cotadas a R$ 17,36. O mercado acompanhava de perto os números da companhia, avaliando os desafios enfrentados em 2024 e as perspectivas para 2025.

Com as novas tarifas nos EUA e um possível reaquecimento da economia brasileira, investidores observam como a Gerdau pode equilibrar sua atuação global para manter a rentabilidade.

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