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Reviravolta no Eataly: despejo cancelado, mas crise continua

Tribunal suspende ordem de despejo do Eataly Brasil, garantindo operação enquanto tramita recuperação judicial. Disputa envolve dívida e contrato
Tribunal suspende ordem de despejo do Eataly Brasil, garantindo operação enquanto tramita recuperação judicial. Disputa envolve dívida e contrato
(Imagem: divulgação/Eataly)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a decisão que determinava o despejo do Eataly Brasil de seu endereço na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi, em São Paulo. A medida garante a permanência da empresa no imóvel enquanto tramita o processo de recuperação judicial.

A decisão foi tomada pela 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial na noite de quarta-feira (19). O desembargador Sérgio Shimura, relator do caso, argumentou que a desocupação poderia comprometer definitivamente a recuperação econômica da rede gastronômica, uma vez que esta é sua única unidade no país. Além disso, a medida poderia levar à rescisão de centenas de contratos de trabalho.

  • Informações recentes da Eataly Brasil

Vídeo do canal CNN Brasil no YouTube.

Despejo: a disputa entre Eataly e Caoa Patrimonial

O embate judicial começou após a Caoa Patrimonial, proprietária do imóvel, entrar com uma ação de reintegração de posse. A empresa cobra aluguéis em atraso e tributos pendentes, o que levou à decisão inicial de despejo da Eataly.

Na terça-feira (18), o juiz Marcos Duque Gadelho Júnior, da 23ª Vara Cível de São Paulo, determinou a desocupação imediata do imóvel. No mesmo dia, desembargadores do TJ-SP analisaram um agravo de instrumento e confirmaram a ordem de despejo da Eataly. No entanto, com a nova decisão, o Eataly Brasil pode seguir operando até que o caso seja reavaliado.

Eataly se posiciona sobre a decisão de despelo

Em comunicado, o Eataly Brasil destacou que a suspensão do despejo assegura a continuidade das operações e evita impactos diretos sobre sua equipe e fornecedores. A rede afirmou que emprega cerca de 300 funcionários diretos e que, considerando fornecedores e prestadores de serviço, esse número ultrapassa 2.000 pessoas.

“A empresa segue comprometida com sua recuperação e confia em um desfecho positivo para o processo judicial. O foco está no crescimento sustentável do negócio, garantindo a manutenção das operações”, declarou a rede em nota.

Os desafios financeiros do Eataly no Brasil

Fundado em 2007, na Itália, o Eataly chegou ao Brasil em 2015, trazendo um conceito de gastronomia premium. Inicialmente operado por empresários do setor supermercadista, o controle passou para o grupo SouthRock, que também administrava Starbucks e Subway no país. Em 2023, a marca foi adquirida pelo fundo Wings, que anunciou um investimento de R$ 15 milhões para revitalizar o negócio e assumir dívidas acumuladas de R$ 45 milhões.

O CEO do Eataly, Marcos Calazans, revelou posteriormente que a dívida real da rede no Brasil ultrapassava R$ 55 milhões. Ele afirmou que já quitou parte desse valor e renegociou o restante com credores, garantindo a retomada do fornecimento de insumos essenciais.

Apesar das dificuldades, a rede segue apostando na recuperação financeira e na manutenção de suas operações no Brasil, reforçando seu compromisso com a equipe e com o mercado gastronômico.

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