Nem mesmo os juros elevados e o cenário econômico desafiador freiam os planos de crescimento da Cimed. A farmacêutica, que já ocupa a terceira posição no setor em volume de vendas, traçou uma meta ousada: atingir R$ 5 bilhões em faturamento em 2025. Para isso, a estratégia inclui fortalecer a presença nas pequenas farmácias, oferecendo crédito e suporte para lojistas com menor capital de giro.
Com um portfólio diversificado, que inclui medicamentos genéricos e marcas conhecidas como Carmed e Lavitan, a Cimed registrou R$ 3,6 bilhões em receita no último ano. Para bater a nova meta, será necessário um crescimento de quase 40%. Além disso, o plano de longo prazo prevê um faturamento de R$ 10 bilhões até 2030.
Novo programa da Cimed incentiva farmácias menores
Para atingir esses objetivos, a Cimed lançou o “Foguete Amarelo”, um programa voltado para pequenos varejistas do setor farmacêutico. A iniciativa busca facilitar o acesso a estoques, permitindo que farmácias com faturamento de até R$ 60 mil por mês adquiram produtos sem necessidade de pagamento imediato.
A Cimed repõe os medicamentos automaticamente, à medida que são vendidos. Dessa maneira, a empresa pretende estimular o crescimento dos negócios locais e, ao mesmo tempo, ampliar sua participação no mercado de varejo farmacêutico.
“A ideia é oferecer crédito por meio de produtos, garantindo fôlego financeiro para os nossos clientes e aumentando suas chances de vendas”, explicou João Adibe, CEO da Cimed.
A farmacêutica estima que as 10 mil farmácias participantes do programa poderão elevar seu faturamento em 183% até 2026, alcançando R$ 170 mil anuais.
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Onde a Cimed pretende investir para crescer?
Além do programa voltado para pequenos varejistas, a empresa anunciou um investimento de R$ 2 bilhões para os próximos cinco anos. Os recursos serão destinados a pesquisa e desenvolvimento, marketing e ampliação da capacidade industrial.
Segundo João Adibe, a estratégia da Cimed não se baseia apenas em volume de vendas, mas na criação de novas categorias no mercado farmacêutico. O executivo afirma que a empresa precisa inovar e diversificar o portfólio para manter o crescimento acelerado.
Os quatro pilares da expansão da empresa incluem:
- Lançamento de novas categorias de medicamentos
- Ampliação do portfólio farmacêutico
- Investimentos robustos em marketing
- Expansão da capacidade produtiva
Entrada no mercado de medicamentos injetáveis
Uma das grandes apostas da Cimed nos próximos anos está no segmento de medicamentos injetáveis para controle de peso. A empresa já trabalha no desenvolvimento de um produto apelidado de “caneta amarela”, que atuaria como alternativa ao Ozempic.
O medicamento, à base de semaglutida, se tornou popular pelo uso para controle de peso, mas ainda é dominado por um pequeno grupo de farmacêuticas, devido à proteção de patente. Com a quebra da patente prevista para 2026, a Cimed pretende entrar rapidamente nesse mercado e disputar espaço com grandes concorrentes.
“O mercado farmacêutico avança através da quebra de patentes, e queremos oferecer uma alternativa acessível ao consumidor brasileiro. Estamos nos preparando para lançar esse produto assim que for possível”, afirmou João Adibe.
O futuro da Cimed no setor farmacêutico
A farmacêutica segue um plano de expansão, combinando crescimento no pequeno varejo, inovação em produtos e ampliação da estrutura industrial. Com um investimento bilionário e uma estratégia clara de mercado, a Cimed busca consolidar sua posição e atingir suas metas ambiciosas nos próximos anos.








