O empresário João Adibe Marques decidiu pela venda de parte minoritária Cimed como estratégia para financiar a expansãoda farmacêutica. O grupo pretende investir R$ 2 bilhões na ampliação de sua capacidade produtiva e destinará R$ 1,5 bilhão ao planejamento de marketing nos próximos cinco anos.
Conforme publicado com exclusividade pelo Valor Econômico, a Cimed contratou o J.P. Morgan, um dos maiores bancos de investimento do mundo, para auxiliar na busca de um investidor que adquira a fatia minoritária da companhia.
Faturamento
Em termos de desempenho, a Cimed registrou um faturamento de R$ 3 bilhões em 2023, representando um crescimento de 22% em relação ao ano anterior, quando a receita líquida foi de R$ 1,9 bilhão. O Ebitda da empresa também cresceu, alcançando R$ 479 milhões, uma alta de 18,9%. Com esses números, a companhia espera atingir a marca de R$ 5 bilhões em faturamento nos próximos dois anos, mostrando um compromisso com o crescimento recorrente.
Negociação com a Jequiti
Recentemente, a Cimed tentou adquirir a Jequiti Cosméticos, mas as negociações não avançaram. A proposta inicial foi de R$ 400 milhões, posteriormente aumentada para R$ 450 milhões. No entanto, as herdeiras de Silvio Santos consideraram a oferta abaixo do valor estimado de R$ 654 milhões, o que levou ao encerramento das tratativas.
A decisão de vender uma parte minoritária da Cimed é vista como um passo importante para a empresa continuar sua trajetória de expansão e consolidar sua posição no mercado.
Produção de Genéricos
João Adibe assumiu a Cimed em 2012, empresa fundada por seu pai, João de Castro Marques. Com a crise de 2014, a Cimed direcionou seus esforços para a produção de medicamentos genéricos. Em 2022, a empresa liderava o mercado de medicamentos de venda livre, destinando 65% de sua produção a esses produtos. Além disso, aproximadamente 25% da produção era voltada para genéricos. O restante, cerca de 10%, era dedicado a itens de higiene, beleza e suplementos.