O banqueiro Daniel Dantas, membro de uma tradicional família baiana, iniciou sua carreira empresarial precocemente. Filho de Nicia Maria Valente e Luís Raimundo Dantas, ele fundou uma fábrica de sacolas de papel aos 17 anos. Após vendê-la com lucro, Dantas se aventurou no ramo da distribuição de cerveja.
Ascensão no Mundo Financeiro
Em 1986, Dantas ingressou no setor financeiro ao associar-se ao Banco Bradesco. Sua saída do banco ocorreu junto com seu mentor, Antônio Carlos Almeida Braga. No Banco Icatu, destacou-se por investimentos lucrativos, como no caso do Plano Collor de 1990.
Relações Políticas e Empresariais
Dantas fortaleceu laços com figuras políticas como Antônio Carlos Magalhães, tornando-se seu conselheiro financeiro. Previu a onda de privatizações no Brasil e orientou o Banco Icatu a investir em empresas estatais, gerando lucros significativos.
Criação do Opportunity e Investimentos Estratégicos
Em 1994, Dantas fundou o Opportunity com Dorio Ferman, que se destacou nas privatizações dos anos 90, atuando em fundos de Private Equity e gestão de fundos de investimento. O Opportunity administrou fundos que adquiriram a Tele Centro Sul, Telemig e Amazônia Celular.
Desafios e Controvérsias Legais
Dantas enfrentou várias controvérsias, como as alegações de recebimento de informações privilegiadas no Plano Collor. Ele também esteve envolvido em disputas societárias durante a privatização da Telesp. Em 2008, sua prisão na Operação Satiagraha gerou debates nacionais, com intervenções do STF e críticas à sua condução.
Desfechos Judiciais e Mudanças Corporativas
Posteriormente, a justiça anulou provas da Operação Satiagraha e absolveu Dantas de acusações de corrupção. Em 2015, o Opportunity passou a ser um banco de investimento, consolidando a trajetória de Dantas no setor financeiro.
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