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Recuperação judicial explode no Brasil – veja as empresas afetadas

Com a recuperação judicial no Brasil em alta, marcas como Gol, Bombril e Subway tentam reestruturar dívidas e evitar colapso.
O número de pedidos de recuperação judicial no Brasil cresceu 61% em 2024. Veja as empresas que entraram com processos.
(Imagem: Aeroprints/Wikimedia Commons/ParkShopping Multipan)

O número de recuperação judicial no Brasil teve recorde em 2024, com um aumento de 61% em relação ao ano anterior, segundo levantamento do Serasa. O crescimento acelerado dos pedidos reforça as dificuldades enfrentadas por empresas de diferentes setores, que buscam renegociar dívidas e evitar a falência.

Na última semana, a Bombril foi a mais recente companhia a entrar com pedido de recuperação judicial, somando-se a uma lista que inclui Gol, Subway, Dia Brasil, Casas Bahia e Casa do Pão de Queijo. A escalada de solicitações está ligada a fatores como carga tributária elevada, juros altos e instabilidade no ambiente de negócios.

Empresas que entraram em recuperação judicial no Brasil

A crise financeira atingiu grandes marcas no último ano, levando companhias de diferentes segmentos a recorrerem à recuperação judicial para tentar equilibrar suas contas.

Gol: dívida bilionária e reestruturação nos EUA

A Gol Linhas Aéreas deu início a um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos em janeiro de 2024, utilizando o modelo do Chapter 11, que permite renegociação de dívidas sob proteção legal. A medida foi aprovada pelo Tribunal de Falências de Nova York.

A aérea registrava um passivo de R$ 20,17 bilhões em dezembro de 2023, enquanto seus ativos somavam R$ 16,83 bilhões. Com um patrimônio líquido negativo de R$ 23,35 bilhões, a empresa buscou uma solução no mercado norte-americano para reestruturar suas finanças.

Subway: mudança na gestão da marca no Brasil

A operadora da Subway no Brasil, SouthRock, entrou com pedido de recuperação judicial em março de 2024, após perder a licença da marca no país. O caso ocorreu meses depois que a empresa solicitar recuperação para outras operações, incluindo Starbucks e TGI Fridays, devido a uma dívida de R$ 1,8 bilhão.

Diante da crise, a Zamp, operadora do Burger King e Popeye’s, assumiu a administração da Subway no Brasil. O processo foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), garantindo a continuidade das operações.

Supermercado Dia: fechamento de unidades e reestruturação

A rede Dia Brasil, de origem espanhola, entrou com pedido de recuperação judicial em março de 2024, após encerrar as atividades de 43 lojas e três centros de distribuição. Apesar da redução da operação, a empresa manteve 244 unidades na região de São Paulo, buscando maior eficiência no modelo de negócios.

A crise do grupo já havia levado à venda de sua operação em Portugal, onde possuía quase 500 supermercados, para focar seus esforços na Espanha e Argentina.

Vídeo do canal Band Jornalismo no YouTube.

Casas Bahia: acordo extrajudicial para quitar dívidas

Em abril de 2024, a Casas Bahia optou por uma recuperação extrajudicial, permitindo negociações diretas com credores sem intervenção judicial inicial. O pedido envolveu R$ 4,1 bilhões em dívidas, refletindo o desafio financeiro enfrentado pela empresa. A Justiça de São Paulo homologou o plano após dois meses de negociações, garantindo a continuidade das operações.

A recuperação extrajudicial foi aprovada com adesão total dos credores, permitindo que a empresa reorganizasse suas finanças sem comprometer a continuidade das operações.

Recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo: dívidas e impacto no varejo do Brasil

A rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo solicitou recuperação judicial em junho de 2024, citando uma dívida de R$ 57,5 milhões no Brasil. O processo incluiu a fábrica e 28 filiais próprias localizadas em aeroportos, enquanto as franquias da rede seguiram operando normalmente.

Apesar da crise, a marca manteve suas atividades, apostando em um plano de reestruturação para equilibrar suas contas.

Bombril: dívida tributária e reestruturação financeira

A mais recente empresa a entrar com pedido de recuperação judicial no Brasil foi a Bombril, em fevereiro de 2025. A marca de produtos de limpeza enfrenta dívidas tributárias de R$ 2,3 bilhões, resultado de autuações da Receita Federal por suposta falta de recolhimento de impostos.

A Justiça aceitou o pedido e determinou que a empresa apresente um plano de recuperação em até 60 dias. O processo busca permitir que a companhia continue operando enquanto renegocia suas obrigações financeiras.

Recuperação judicial no Brasil: o que esperar para 2025?

Com o cenário econômico ainda instável e a taxa de juros em patamares elevados no Brasil, a tendência é que novos pedidos de recuperação judicial ocorram ao longo de 2025. Empresas de diferentes setores seguem pressionadas pelo custo do crédito e pelas dificuldades de crescimento em um ambiente desafiador.

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