O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que seu governo implementará tarifas de 25% sobre produtos importados da União Europeia. A medida, segundo ele, visa equilibrar a relação comercial entre os dois blocos, que considera desfavorável aos norte-americanos.
“Já tomamos uma decisão e faremos o anúncio em breve. A tarifa será de 25% em carros e outros setores da União Europeia”, declarou Donald Trump. O presidente argumenta que os europeus impõem barreiras a produtos dos EUA, enquanto suas mercadorias entram no mercado americano sem restrições.
Qual será o impacto das tarifas para a União Europeia?
Donald Trump sustenta que a União Europeia tem prejudicado os EUA ao longo dos anos, citando um déficit comercial de US$ 300 bilhões. Segundo ele, os europeus dificultam a entrada de produtos agrícolas e automóveis norte-americanos, utilizando diversas justificativas regulatórias.
A decisão de Washington segue a linha de outras medidas protecionistas já adotadas contra Canadá, México e China. No final de janeiro, o governo dos EUA aplicou tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos, além de 10% sobre importações chinesas.
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Acordo temporário com Canadá e México
Apesar da imposição de tarifas, os Estados Unidos chegaram a um entendimento com Canadá e México, suspendendo temporariamente as taxas por 30 dias. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou que o país reforçará medidas de segurança na fronteira, em resposta à pressão norte-americana para conter o tráfico de fentanil.
“Estamos mobilizando quase 10 mil funcionários para reforçar a proteção da fronteira”, afirmou Justin Trudeau. O Canadá também se comprometeu a classificar cartéis como grupos terroristas e a fortalecer ações conjuntas com os EUA contra o crime organizado.
O México seguiu o mesmo caminho. A presidente Claudia Sheinbaum confirmou que foram criadas três mesas de negociação com os EUA para tratar de imigração, segurança e comércio. “Temos um mês para encontrar um consenso que favoreça ambas as nações”, declarou.
Tarifas comerciais dos Estados Unidos podem afetar a economia mundial
A nova política tarifária de Donald Trump reforça sua estratégia de redução do déficit comercial e controle das fronteiras. No entanto, analistas alertam que as medidas podem aumentar os custos de importação nos EUA, pressionando a inflação e dificultando cortes de juros pelo Federal Reserve.
O Brasil também pode ser afetado pelas tarifas dos Estados Unidos. Caso os EUA endureçam restrições contra a China, há risco de que o mercado global seja inundado por produtos asiáticos a preços mais baixos, gerando desafios para a indústria brasileira. Além disso, juros mais altos nos EUA tendem a atrair investidores, fortalecendo o dólar e impactando economias emergentes.
O cenário ainda é incerto, mas o mercado financeiro já reage com cautela. A imposição de novas tarifas dos Estados Unidos pode acelerar disputas comerciais e influenciar a dinâmica econômica global nos próximos meses.