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Ações da WEG despencam após balanço matinal: oportunidade ou risco?

A imagem mostra o interior de uma das unidades da WEG.
Ações da WEG despencam após balanço matinal oportunidade ou risco. Foto/reprodução: NeoFeed

As ações da WEG (WEGE3) registraram queda expressiva de 8,68%, sendo negociadas a R$47,85, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24). Apesar de um crescimento robusto na receita líquida, o mercado reagiu negativamente à contração das margens, fator determinante para a desvalorização dos papéis da empresa na Bolsa de Valores.

A companhia reportou um lucro líquido de R$1,69 bilhão no período, representando uma queda de 2,9% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, a receita líquida avançou quase 30%, totalizando R$10,82 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$2,39 bilhões, com crescimento de 30,5%, mas a margem Ebitda ficou abaixo das expectativas do mercado, atingindo 22,1%.

O que pesou no resultado da queda das ações da WEG?

De acordo com analistas, a pressão sobre a rentabilidade operacional da empresa decorre, principalmente, do aumento nos custos de matérias-primas, como o cobre, além da mudança no mix de produtos, com maior participação do segmento de geração, transmissão e distribuição (GTD), que apresenta margens inferiores. Esse fator reduziu a margem bruta em 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

A valorização cambial de 6% no trimestre amenizou parcialmente o impacto dos custos, beneficiando as receitas internacionais, que cresceram 43%. No entanto, a rentabilidade da empresa ainda foi afetada pelas recentes aquisições da Marathon, Rotor e Cemp, refletindo no ROIC (Retorno sobre Capital Investido), que caiu 5 pontos percentuais.

Entenda mais sobre a queda das ações da WEG abaixo:

Queda abre espaço para compra?

A forte correção nas ações da WEG levanta questionamentos sobre uma possível oportunidade de compra. O Itaú BBA considera o resultado do 4T24 “um pouco negativo”, mas destaca que a WEG segue com fundamentos sólidos no longo prazo. O JPMorgan reforça que o crescimento da receita e do Ebitda foi forte, embora a compressão da margem de lucro tenha desanimado investidores no curto prazo.

Algumas casas de análise enxergam o momento como uma chance de entrada nos papéis, especialmente para investidores com visão de longo prazo. O Citi ressalta que o desempenho do segmento de Motores Comerciais e Appliance (MCA) foi um dos pontos fracos do balanço, com retração na demanda em mercados como América do Norte e Argentina.

Por outro lado, a Ativa Investimentos mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$43,80, sugerindo que as ações ainda podem recuar. Já para o JPMorgan e o Itaú BBA, uma potencial recomposição das margens em 2025 poderia impulsionar a recuperação dos papéis.

O que esperar para 2025?

A WEG continua expandindo sua presença global e investindo em inovação, mas enfrenta desafios com custos operacionais, variações cambiais e margens pressionadas em determinados segmentos. Para 2025, a projeção é de uma margem Ebitda de 21,8%, levemente abaixo do 4T24. Contudo, a sinergia das aquisições recentes pode impulsionar o crescimento e contribuir para a recuperação da rentabilidade da empresa.

Diante desse cenário, a decisão de investir nas ações da WEG depende do perfil do investidor. Aqueles focados no curto prazo podem encontrar volatilidade, enquanto os de longo prazo podem enxergar uma oportunidade, apostando na solidez e no potencial de recuperação da companhia.

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