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Dólar cai e atinge menor nível em três meses

Dólar segue em baixa.
Dólar segue em baixa (Imagem: Canva)

O dólar cai frente às principais moedas globais e atinge seu menor patamar desde 9 de dezembro de 2024. A divisa americana recua mais de 0,50% no índice DXY, que mede seu desempenho contra uma cesta de moedas internacionais. Por volta das 14h10 (horário de Brasília), o dólar cai 0,52%, cotado a 106.187 pontos. Dessa forma, a moeda segue pressionada por fatores econômicos e políticos.

Principais fatores da desvalorização

A desvalorização da moeda americana ocorre em meio a dados econômicos fracos nos Estados Unidos. O Departamento de Comércio revelou que os gastos com construção caíram 0,2% em janeiro, enquanto o investimento em construção residencial recuou 0,4% no mesmo período. Além disso, o PMI industrial dos EUA caiu de 50,9 em janeiro para 50,3 em fevereiro, segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Esses números reforçam a percepção de um crescimento econômico mais frágil. Como resultado, investidores buscam alternativas mais seguras, e o dólar cai frente a outras moedas globais.

Dólar cai e moedas globais se fortalecem

O cenário de desvalorização impulsiona o fortalecimento de outras moedas. O euro, por exemplo, avançou 0,5%, atingindo US$ 1,0547, seu maior nível desde dezembro. A ausência de novas tarifas dos EUA sobre a União Europeia e a redução da diferença entre os rendimentos dos títulos americanos e europeus tornam o euro mais atrativo. Assim, a moeda europeia ganha força no mercado internacional, enquanto o dólar cai.

A libra esterlina também registra alta, subindo 0,3% para US$ 1,2744. Já o iene japonês, tradicionalmente visto como porto seguro em momentos de incerteza, valorizou 0,9%, levando a cotação do dólar a cair para 148,17 ienes, menor nível desde outubro. Esse movimento reflete a maior cautela dos investidores em relação à economia americana.

Expectativas para os próximos dias: dólar cai mais?

O mercado agora aguarda a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (6 de março), onde investidores precificam um possível corte de 25 pontos-base na taxa de juros. Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de 10 anos recuaram para 4,115%, o menor nível desde outubro, enfraquecendo ainda mais a atratividade do dólar, que segue caindo. Com isso, o cenário global continua influenciando a moeda americana.

Enquanto isso, a política comercial dos Estados Unidos segue no radar dos investidores. A confirmação das tarifas sobre Canadá e México, anunciada pelo presidente Donald Trump, pressiona a economia global e gera incertezas sobre o futuro do dólar. Portanto, os próximos dias serão cruciais para definir a direção da moeda. Se os indicadores econômicos continuarem fracos, o dólar pode cair ainda mais.

Com um cenário econômico enfraquecido e moedas concorrentes ganhando força, a expectativa é que o dólar continue sob pressão nas próximas semanas. Dessa maneira, os investidores devem acompanhar os desdobramentos econômicos e políticos para entender os impactos dessa tendência no mercado financeiro. Caso o cenário internacional mantenha essa configuração, a tendência é que o dólar continue caindo em relação a outras moedas fortes.

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