Um importante capítulo na luta contra crimes financeiros transnacionais foi escrito com a prisão de um sócio do “Faraó dos Bitcoins” nos Estados Unidos. A operação, fruto da colaboração entre a Polícia Federal (PF) e a Homeland Security Investigations (HSI), representa um avanço significativo na investigação da Operação Kryptos, que desmantelou um esquema de pirâmide financeira bilionário.
Prisão em Miami e Acusações Graves
O indivíduo preso, suspeito de ser Ricardo Rodrigues Gomes, conhecido como “Piloto”, era um dos principais colaboradores de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins na GAS Consultoria. A empresa, que operava um esquema de pirâmide financeira com promessas de altos retornos em criptomoedas, movimentou cerca de R$ 38 bilhões, lesando milhares de investidores. Após fugir do Brasil com um passaporte falso, o suspeito continuou atuando nos Estados Unidos, movimentando ativos e empresas em nome da organização criminosa.
A prisão do sócio do Faraó dos Bitcoins, realizada em Miami, foi possível graças à troca de informações entre a PF e o HSI. Ricardo Rodrigues Gomes, que era alvo de um alerta vermelho da Interpol desde agosto de 2022, agora aguarda extradição para o Brasil, onde poderá ser condenado a até 26 anos de prisão.
Operação Kryptos desmantela Faraó dos Bitcoins
A Operação Kryptos, que investiga a GAS Consultoria de Glaidson Acácio dos Santos e sua esposa, Mirelis Zerpa, revelou um esquema sofisticado de pirâmide financeira com sede em Cabo Frio, Rio de Janeiro. Glaidson e Mirelis, que já foram presos e respondem a acusações no Brasil, lideravam uma organização criminosa que utilizava criptomoedas para atrair investidores com promessas de lucros exorbitantes. A investigação contra o “Faraó dos Bitcoins” ganhou força após relatos da morte de um jovem em via pública e em um Porsche, supostamente relacionados às atividades da GAS Consultoria. A prisão do sócio reforça o compromisso das autoridades em combater crimes financeiros e desmantelar esquemas que prejudicam a economia e a confiança dos investidores.